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Foco na formação

A oferta de cursos de formação continuada na área educacional é crescente, mas na hora da contratação ter uma pós-graduação faz diferença?

Publicado em 16/07/2012

por Deborah Ouchana

A maior oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu em Ciências Humanas está na área de Educação. Segundo dados da Capes, são oferecidos 182 cursos, entre mestrado, doutorado e mestrado profissional.

Como apontou a reportagem “Tendências em formação” (edição 183), cursos cada vez mais voltados para áreas específicas da educação dão o tom da crescente oferta de pós-graduação no campo educacional. Mas na opinião de quem contrata, ter uma pós é mesmo imprescindível?

Para Sonia Colombo, diretora da Humus Consultoria, a pós-graduação é um item que influencia sim na hora de contratar, mas ela não aparece como uma obrigatoriedade. “Um mestrado ou uma especialização entram como pontos desejáveis”, diz.

Além da análise de competências do ponto de vista comportamental, uma das maiores preocupações dos gestores é em relação ao plano de aula que o candidato irá apresentar, já que nesse momento é possível perceber se o professor está atualizado e de acordo com sua área de atuação.

Entre as especializações mais valorizadas pelos gestores, Sonia destaca aquelas que estudam as novas tecnologias na educação. “Mas o mantenedor quer também saber se o professor está aberto para essas tecnologias, se ele vive aquilo e não fica apenas na teoria do curso”.

Lucia Duarte, diretora do colégio Eduque Nova Escola, ressalta que, ao analisar um currículo, a instituição onde foi feita a graduação é um requisito que recebe atenção especial. “O profissional que saiu de uma boa instituição terá melhor preparo para aplicar seus conhecimentos na prática”, aponta.

Prática é, aliás, um dos pontos que a diretora mais se atém. Além de o docente dar continuidade e coerência aos seus estudos posteriores, é importante que sua pós-graduação tenha uma aplicação efetiva no trabalho em sala de aula. “Alguns profissionais buscam uma pós em alguma área diferenciada, como a comunicação. Nós entendemos que ele está em busca de novos conhecimentos, mas também queremos ver como esse curso pode ser aplicado na prática educacional”, explica Lucia.

Um levantamento realizado entre os professores da Eduque no ano passado mostrou que 90% dos docentes têm pós-graduação. As especialidades mais recorrentes são alfabetização, educação infantil e psicopedagogia. “Neurociência também é um assunto novo que tem trazido boas reflexões sobre o aprendizado”, lembra a diretora.

Leia mais: Confira levantamento dos melhores cursos de pós-graduação na área educacional

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Deborah Ouchana


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