NOTÍCIA
Nilma Lino Gomes, ex-ministra das mulheres, apresenta os episódios; organização é da Secadi, secretaria vinculada ao MEC
O programa Educação antirracista em diálogo conta com entrevistas de pessoas referências no tema. Apresentado por Nilma Lino Gomes, primeira mulher negra a comandar uma universidade pública federal, a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), e ministra das mulheres, da igualdade racial e dos direitos humanos, a coordenação é da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC).
A exibição ocorre no Canal Educação. Clique aqui para assistir via Youtube.
A proposta é que as conversas auxiliem na formação docente, dialogando com o eixo difusão de saberes da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq), que visa promover uma educação pautada pela equidade e pelo antirracismo.
——
Quatro matérias sobre educação antirracista e equidade racial
Sonya Douglass fala da luta pela equidade racial nas escolas
——
Em uma série de edições, o programa mostrará diversas vozes e histórias inspiradoras, que fortalecem a luta por uma educação antirracista e pela valorização da cultura e dos saberes quilombolas no país.
O primeiro episódio conta com a participação da professora Givânia Maria Silva, mestre em gestão da educação e doutora em sociologia, além de primeira conselheira de educação quilombola no país. Natural do quilombo Conceição das Crioulas, em Pernambuco, Givânia Maria Silva é fundadora e uma das lideranças da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).
No programa, a professora socializa a história inspiradora de Conceição das Crioulas, um território quilombola de mulheres resistentes que conquistaram seu espaço e lutaram pela educação da comunidade. Em 1995, o quilombo viu a criação de uma escola que, desde então, evoluiu de forma impressionante, sendo uma das poucas no Brasil a oferecer educação da creche ao ensino médio dentro do próprio quilombo.
A experiência pedagógica desenvolvida lá, denominada ‘pedagogia crioula’, tornou-se referência para as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Quilombola. Assim, estabeleceu-se como um exemplo de quanto a educação pode ser transformadora e enraizada nas especificidades culturais e históricas da comunidade.
A convidada fala também sobre como tem sido o avanço da aplicação das Diretrizes de Educação Escolar Quilombola e Educação para as Relações Étnico-Raciais, além da implementação do previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nos estados e municípios.
Na segunda parte do programa, Givânia Silva responde a perguntas de professores, pesquisadores e especialistas em gestão da educação. Eles também participam do debate sobre questões como as estratégias de luta antirracista, a cultura, a comunicação e a arte nos territórios quilombolas.
*Com informações do Ministério da Educação.
——
Revista Educação: referência há 30 anos em reportagens jornalísticas e artigos exclusivos para profissionais da educação básica
——