ARTIGO
Em SP, reitor honorário da Universidade de Lisboa orientou: “temos que resgatar essa grande missão humanista do professor”
Publicado em 10/06/2024
“Na última década, falou-se muito do professor investigador, competências socioemocionais e digitais. Mas parece ter faltado um olhar mais atento sobre a missão humanista dos professores”, alertou António Nóvoa, reitor honorário da Universidade de Lisboa, Portugal, em sua recente passagem ao Brasil.
“A escola é uma das poucas instituições que temos para tentar uma humanidade em comum — ou a única; temos que resgatar essa grande missão humanista do professor”, complementou Nóvoa durante sua participação em 3 de junho no ‘Encontro muitos mundos, uma só humanidade: o papel da escola na construção de uma sociedade mais diversa, inclusiva e solidária’, organizado pela editora Diálogos Embalados e que ocorreu no auditório do Colégio Rio Branco, em Higienópolis, na cidade de SP.
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Escola precisa ter sentido para as juventudes
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Em uma sociedade cada vez mais fragmentada, para o português, a fronteira humanista do trabalho docente está nos antigos e nos novos direitos humanos. “Em um mundo com guerras entre países, guerras no país, guerras digitais, mundo em profunda violência, precisamos resgatar isso.”
Paz, saúde e educação são alguns exemplos do que são os velhos direitos humanos e que claro, devem permanecer. Contudo, Nóvoa sabe que as constantes transformações econômicas e sociais fazem com que novos direitos humanos sejam reconhecidos, segundo ele, os direitos da Terra, direitos de um digital público, direito dos imigrantes para a mobilidade, entre outros.
“Fazemos ou não fazemos parte de uma mesma humanidade?”, indagou António Nóvoa.
Assista a um trecho da fala do educador, clicando aqui!
Como representante da Unesco, Nóvoa presidiu um comitê global de pesquisa que gerou o importante relatório publicado em 2021, Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação, já reconhecido como referência para os rumos educacionais. O documento, que reconhece falhas, como a pobreza e a desigualdade, tende a ser uma atualização do aclamado Educação: um tesouro a descobrir, comandado por Jacques Delors e publicado em 1999 pela Unesco.
Confira, a seguir, entrevistas que já realizamos com António Nóvoa e matérias que a revista Educação produziu sobre o novo relatório:
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Revista Educação: referência há 28 anos em reportagens jornalísticas e artigos exclusivos para profissionais da educação básica
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