NOTÍCIA
O relato de uma escola no Espírito Santo que busca se afastar de modismos e aplicar, de fato, inovação junto a seus professores
Publicado em 09/05/2022
A tecnologia na educação passa a fazer parte do processo de aprendizagem quando a cultura se transforma dentro da escola e gera práticas inovadoras. Essa premissa tem sido alardeada repetidamente por especialistas. Henrique Romano Carneiro, gerente de operações da Escola São Domingos, em Vitória, Espírito Santo, sabe disso. “Apesar de ser um grande entusiasta, antes da pandemia eu via a tecnologia na escola com algum ceticismo, percebia escolas muito ‘novidadeiras’ e pouco inovadoras.”
Para ele, poucas escolas no Brasil e no mundo estavam fazendo um trabalho mais profundo com a adoção de tecnologia para potencializar o aprendizado.
“Mas colocar uma lousa virtual ou oferecer tablets apenas para as crianças mexerem, sem alinhamento muito claro com a proposta pedagógica, era uma perda de tempo e esforço da escola em detrimento do aprendizado”, diz Henrique.
Formado em engenharia civil e com especialização em administração, Henrique Romando conhece a Escola São Domingos, literalmente, desde bem pequeno. “Quando nasci, minha avó mandou confeccionar um uniforme da escola no tamanho bebê”, conta. Ele é a terceira geração a conduzir a escola, fundada em 1973 por Margarida Santos Daher Carneiro, a avó citada. Se as transformações foram muitas ao longo dessas décadas, coube à geração de Henrique um dos maiores desafios: implantar a cultura digital na escola.
A transformação começou em 2016, a partir da ideia de que a tecnologia é aliada no aprimoramento das estratégias de aprendizagem e com a certeza de que era necessário um tempo para que a real inovação ocorresse. Em 2017, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) oficializou o início da transformação. “Nesse ano, a BNCC trouxe o eixo de letramento digital, pensamento computacional e cidadania digital; todas as disciplinas foram mais levadas a contextualizar a tecnologia digital no conteúdo”, lembra.
Leia: Aproveitamento da tecnologia digital requer transformação cultural e didáticas inovadoras
A escola, então, investiu em sala com estrutura diferenciada, pensada com intencionalidade pedagógica, como parte de uma nova metodologia, o The Box. Ali, Henrique Romano treinou a primeira turma de professores: “Hoje são 120 professores capacitados para dar aula no The Box, mas não começou assim. Eu capacitei um grupo de interessados, e eles começaram a utilizar o espaço. Os outros professores foram percebendo as boas práticas. Criamos um sistema de incentivos, com premiações, oferecemos brindes para quem faz certificações de tecnologia, desde mochilas personalizadas a bótons; crachás com bótons expondo conquistas. Abrimos a possibilidade de certificações para professores e colaboradores em geral” O resultado, diz o gerente de operações, é que “o próprio aluno começa a cobrar do professor a tecnologia que outro professor já utiliza. Isso cria um sistema bacana”.
Durante a pandemia, o processo de implantação da tecnologia foi acelerado. A Escola São Domingos ofereceu um notebook de alta qualidade para cada um dos professores. “Adquirimos 140 notebooks da Lenovo; mesmo depois da pandemia, continuamos com essa prática. Quando chega um professor ou um funcionário gestor, ele ganha o equipamento.” Henrique enfatiza o cuidado com a escolha dos equipamentos, pois a negligência gera fricções no processo. Por exemplo, notebooks lentos para iniciar ou muito frágeis podem roubar minutos preciosos das aulas. “Vale lembrar que cinco minutos equivalem a 10% de uma aula inteira, que tem 50 minutos.”
A implantação da tecnologia tem seguido os pilares preconizados pela Microsoft, em seu manual Estrutura de Transformação da Educação. Na plataforma Teams estão interligados os cerca de 2 mil alunos e seus professores. A escola é reconhecida como showcase da Microsoft.
Hoje em dia, afirma Henrique, os professores dão aulas com o notebook aberto na sala, mesmo que não estejam transmitindo; “eles estão ali fazendo chamada, uma anotação na pauta, conversando com a coordenação ou supervisão, pedindo apoio ou informação”. Uma área de processos internos da escola também já funciona de maneira totalmente digital. “Nessa rede social interna, a equipe posta atividades pedagógicas realizadas e os próprios colaboradores comentam, curtem, trocam boas práticas.”
Carolina Gomes, gerente de desenvolvimento de negócios para educação da Lenovo, destaca que a parceria com a Microsoft faz a empresa ver, pensar, entender e entregar soluções que fazem sentido para as instituições de ensino.
“Pensamos em todos os interlocutores (pais, alunos, professores, gestores, etc.). Acreditamos no poder da educação e quando o Henrique nos procurou com alguns desafios abraçamos a causa e confiamos no sucesso do projeto. Assim é a nossa atuação: apoiamos e fazemos acontecer as ideias de nossos clientes, pois, para dar certo, o projeto precisa ser pensado além do dispositivo”, explica a gerente.
Os recursos que potencializam o aprendizado são muitos e começam a ser explorados na São Domingos. Por exemplo, a ferramenta de leitura digital com inteligência artificial. “O aluno lê um texto, a ferramenta conta quantas palavras ele repetiu, pulou, quantas pronúncias erradas fez e gera um relatório individual ao professor”, explica Henrique Romano. Essa ferramenta está sendo utilizada por crianças de sete anos, em casa, junto com a família.
O gerente de operações conta que essas inovações são usadas com critério: “Fazemos isso com muita responsabilidade; nossa equipe de tecnologia trabalha em parceria com a supervisão da série e tenta fazer com o mínimo de impacto possível na rotina da sala de aula, para que possamos, de fato, trazer inovações que agreguem valor ao processo educacional”. O futuro, diz ele, é a integração total do aluno aos seus dispositivos e a personalização da aprendizagem.
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