Foto: Shutterstock
Apontado como política bem-sucedida para a formação de professores no Brasil, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) passará por uma “modernização”, segundo o MEC anunciou no lançamento do Programa de Residência Pedagógica.
Sem entrar em detalhes, o governo divulgou que, a partir de 2018, serão ofertadas 80 mil bolsas – com os mesmos valores – e investidos R$ 2 bilhões. Esse valor representa mais de quatro vezes os recursos aplicados no Pibid em 2016 e mais de cinco vezes o aplicado até novembro de 2017 (veja tabela ao fim da matéria).
O volume de bolsas, no entanto, terá um aumento de apenas 9% em relação ao que é ofertado hoje. Neste ano, foram oferecidas 73 mil bolsas no total, sendo 59 mil cotas para os alunos de licenciatura interessados em desenvolver atividades didático-pedagógicas em escolas públicas.
Desde 2014, quando começou a valer o último edital lançado (válido até o final de 2017), esses números vêm caindo. Naquele ano, foram ofertadas mais de 90 mil bolsas, sendo 72 mil na modalidade “Iniciação à Docência”. A queda foi de 19%, portanto, e se deve a um ajuste à demanda, segundo a Capes, pois houve mais bolsas concedidas que utilizadas.
O MEC não confirmou se as bolsas também vão contemplar os professores das escolas públicas e dos cursos de licenciatura que supervisionam os projetos, como acontece hoje. Há cinco modalidades de financiamento: Iniciação à docência (R$ 400); Supervisão, para professores de escolas públicas que acompanham até 10 bolsistas (R$ 765); Coordenação de área, para professores da licenciatura que coordenam subprojetos (R$ 1,2 mil); Coordenação de área de gestão de processos educacionais, para o professor da licenciatura que auxilia na gestão do projeto na IES (R$ 1,4 mil); e Coordenação institucional, para o professor da licenciatura que coordena o projeto Pibid na IES (uma bolsa por projeto institucional no valor de R$ 1,5 mil).
O edital será lançado em 2018 para entrar em vigor no mesmo ano, segundo previsões. Resta aguardar para saber como vai ficar aquele que é um dos programas que, ao longo desses dois últimos anos de sucessivos cortes orçamentários, mais vêm mobilizando a comunidade educacional em prol de sua sobrevivência.
Bolsas ofertadas e utilizadas no Pibid (2014-2017)*