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O debate sobre os
benefícios da lição de casa para alunos dos níveis primário e secundário está longe de chegar a um consenso nos Estados Unidos. O caso da professora Brandy Young, do Texas, que leciona para crianças do 2º ano primário e resolveu restringir as tarefas de casa cotidianas apenas ao que os alunos não conseguiram concluir na escola, recebeu um mar de adesões nas redes sociais.
A mãe de uma de suas alunas postou em seu Facebook a carta que Young enviou às famílias, explicando que as lições formais não seriam mais atribuídas aos alunos. A professora justifica a decisão após pesquisar e concluir que não há evidências de que lições de casa melhoram o desempenho dos alunos e que eles estariam perdendo um tempo precioso para aprendizados de outra natureza e convivência com seus pais. A postagem, em uma semana, havia recebido mais de 73 mil compartilhamentos.
À reportagem no
site Quartz, Brandy Young declarou que está tentando desenvolver as crianças como pessoas completas, e que, depois de um dia cheio na escola, seria melhor que elas lessem ou brincassem com os pais e amigos.
O site mostra que a briga se arrasta há anos. Em 2006, o pesquisador Alfie Kohn lançou o livro
Homework myth (O mito da lição de casa), em que afirma não haver pesquisas mostrando consistentemente os benefícios do trabalho extra para as crianças.
Já Tom Sherrington concorda que para as crianças da escola primária os benefícios são ralos, mas que os resultados são excelentes a partir dos 11 anos de idade.
Autor
Redação revista Educação