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O legado de CoubertinTochas, uniformes, medalhas de ouro, prata, bronze e de participação das edições da Olimpíada da era moderna. Estas são algumas das mais de 300 peças do Museu Olímpico de Lausanne (Suíça) em exposição na Galeria de Arte do Sesi-SP até 30 de […]

Publicado em 03/06/2013

por Camila Ploennes

O legado de Coubertin
Tochas, uniformes, medalhas de ouro, prata, bronze e de participação das edições da Olimpíada da era moderna. Estas são algumas das mais de 300 peças do Museu Olímpico de Lausanne (Suíça) em exposição na Galeria de Arte do Sesi-SP até 30 de junho. Além desses ícones, aos quais se somam mascotes, logotipos e suvenires, a mostra Jogos Olímpicos: esporte, cultura e arte destaca a história do evento esportivo a partir de sua recriação, no fim do século 19, pelo esforço do pedagogo e historiador francês Pierre de Coubertin (1863-1937).

Por meio de recursos audiovisuais, o espectador entra em contato com o sonho do educador. Inspirado nas grandes competições da Grécia Antiga, Coubertin propôs a retomada dos jogos periódicos para difundir os esportes, seus benefícios nas escolas e uma cultura de paz, baseada na amizade e no respeito entre os adversários.
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A exposição dos vídeos, organizada em linha do tempo, permite ver os rituais mantidos, os percalços sociopolíticos pelos quais passou o maior evento esportivo do mundo e sua transformação até chegar ao que é hoje. Em agosto, o acervo passa a ser exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde ficará até novembro. Depois, o Comitê Olímpico Internacional (COI), em parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), decidirá se a mostra passará por outras cidades brasileiras.

Corrida por atletas
A apenas três anos da Olimpíada do Rio de Janeiro, surge uma iniciativa interministerial para incentivar o esporte nas unidades de Educação Básica vislumbrando reflexo no desempenho do Brasil durante o evento de 2016. Até 9 de julho, 20 mil escolas devem participar da primeira fase dos Jogos Escolares, uma das propostas do Programa Atleta na Escola. Anunciado em maio pelos ministérios da Educação, da Defesa e dos Esportes, o plano pretende estimular práticas esportivas nas unidades de ensino e orientar possíveis talentos. A ideia é que o programa sirva de base para outro programa, o Brasil Medalhas – que tem o intuito de levar o Brasil a uma das dez melhores colocações nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

Por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o MEC repassará recursos para escolas, municípios, estados e Distrito Federal realizarem os jogos do Atleta na Escola, que terão quatro fases. A última delas, nacional, será realizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Além dos jogos, foi instituído um grupo de trabalho, com participantes dos três ministérios, que deve criar a Universidade do Esporte, para estudos sobre o desenvolvimento de práticas esportivas no Brasil.

Jogos Olímpicos: esporte, cultura e arte
Exposição com a coleção do Museu Olímpico de Lausanne (Suíça)

Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso
Até 30 de junho de 2013
Galeria de Arte do Sesi-SP
Av. Paulista, 1313, Bela Vista, São Paulo
Segunda, das 11h às 20h; terça e sábado, das 10h às 20h;
domingo, das 10h às 19h
http://www.sesisp.org.br/cultura

Museu Nacional do Rio de Janeiro
De agosto a novembro de 2013
Quinta da Boa Vista, s/nº, São Cristóvão – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2562-6900
Informações: museu@mn.ufrj.br
http://www.museunacional.ufrj.br/

Ecos da Flip
A Flipinha, o eixo educacional da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), acontece de 3 a 7 de julho, mas, durante o semestre que antecede o evento, a Casa Azul, primeira biblioteca direcionada ao público infantojuvenil na cidade, já tem feito um trabalho de formação com os professores da região. O Ciclo do Autor Homenageado, que contou com palestras, saraus, filmes e produção de trabalhos dos participantes com base na obra de Graciliano Ramos, chega ao mês de junho abrindo as portas para o público geral. Segundo Gabriela Gibrail, curadora da Flipinha, haverá debate com um crítico especializado nos livros de Graciliano, além da apresentação de uma peça de teatro realizada por estudantes do Curso de Formação de Professores de Paraty. “Nas edições anteriores, as palestras eram muito voltadas a quem já era especialista em literatura, mas a ideia era chamar professores polivalentes. Por isso, neste ano apresentamos filmes e textos antes e os docentes já chegam ao Ciclo do Autor preparados para debater”, afirma. Em maio, foram analisadas as obras Terra dos meninos pelados e Alexandre e outros heróis. Em julho, durante a Flip, as produções dos estudantes, orientadas pelos professores, serão conhecidas pelo público em Paraty.

Mínimo revisto

O valor mínimo aluno-ano para 2013 ficou 2% mais baixo do que foi anunciado em dezembro. O investimento previsto, que era de R$ 2.243,71, passou para R$ 2.221,73, segundo o MEC. Essa quantia corresponde às séries iniciais do ensino fundamental das áreas urbanas, mas as unidades federativas podem investir valores maiores. Já os estados e municípios que não atingem esse mínimo contam com a complementação do Fundeb. Calcula-se que o investimento total nessa etapa este ano seja de R$ 116,77 bilhões. No entanto, a estimativa ainda pode voltar a mudar, dependendo da arrecadação de recursos do Fundeb, como mostrou a coluna “Educação em números” de fevereiro.

Crise de valores
Os países europeus aderem cada vez mais a cortes orçamentários – e de direitos – em educação. Anunciados como pacotes de medidas, as restrições vão exatamente contra a orientação de organismos internacionais como a OCDE, que pedem investimento na área como saída da crise econômica. Essas decisões geram protestos, principalmente na Espanha, em Portugal e na Grécia. O governo grego, por exemplo, aprovou um decreto que forçou os professores do ensino médio a evitar greves, às vésperas dos exames de admissão para as universidades. Entre os motivos de protesto estão o aumento de horas letivas semanais e a demissão de professores interinos.

Já em Portugal, o governo anunciou recentemente cortes de gastos de US$ 1 bilhão para 2013. Isso depois de ter igualado a quantia investida em educação no ano passado para o patamar de 2001 – um perigo em um país que luta contra o abandono escolar. O resultado é o desemprego de uma nova geração de professores: aproximadamente 15 mil docentes foram demitidos nos últimos dois anos, sobretudo aqueles com contratos de curto prazo.

Na Espanha, milhares de professores e alunos têm se mobilizado em Madri e Barcelona na tentativa de adiar a aprovação da conhecida “Lei Wert”, em referência ao ministro da Educação José Ignacio Wert. O projeto de lei prevê, entre outras medidas, a de retirar até 3,9% do PIB em investimento na área, o que totalizaria mais de 10 bilhões de euros, já que a média de gasto anual é atualmente de 5% do Produto Interno Bruto.

Seminário de Educação tem participantes confirmados

O 1º Seminário Internacional de Educação, Jornalismo e Comunicação, organizado pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS) e pelas revistas Educação e Negócios da Comunicação, da Editora Segmento, já tem participantes confirmados para os debates, que acontecem nos dias 9 e 10 de setembro de 2013, no centro de São Paulo.

O painel 1, “Cobertura jornalística e linhas editoriais sobre educação na América Latina”, contará com a presença de Ricardo Braginski, do jornal El Clarín, da Argentina, e de Antônio Góis, de O Globo, do Rio de Janeiro. O debate será mediado por Rubem Barros, diretor editorial da Editora Segmento. Já o painel 2, “Contribuições e desafios derivados da presença do olhar econômico na educação”, terá a participação de Natália Daporta, do jornal ABC Color, do Paraguai, e dos jornalistas brasileiros Luciano Máximo, do Valor Econômico, de Fábio Takahashi, da Folha de S.Paulo, com mediação de Juliana Holanda, editora da revista Educação.

O painel 3, “Direito e judicialização da educação”, será formado por Carlos Roberto Jamil Cury, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Antonio Jorge Pereira Júnior, autor de Direitos da criança e do adolescente em face da TV e vencedor do prêmio Jabuti na categoria direito; além de Paulo Saldaña, jornalista de O Estado de S. Paulo. A discussão será mediada por Denise Drechsel, da Gazeta do Povo, do Paraná. O colunista da revista Educação Sérgio Rizzo também participará do evento, dentro do painel 4, “Comunicação, educação e tecnologia”, mediado pelo editor da revista Negócios da Comunicação, Eugênio Araújo.

O seminário também terá espaço para a apresentação de artigos acadêmicos, que podem ser inscritos até o dia 22 de julho pela internet.  O edital está disponível no site do evento.

I Seminário Internacional de Educação, Jornalismo e Comunicação
Auditório do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS)
Rua Maestro Cardim, 370 – Bela Vista, São Paulo – SP
Dias 9 e 10 de setembro de 2013, das 8h às 19h
Chamada para trabalhos até 22 de julho.
www.iics.edu.br (seção “Comunicação”)
www.revistaeducacao.com.br

Autor

Camila Ploennes


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