NOTÍCIA
Fundação Roberto Marinho mantém seu compromisso em democratizar a educação, tanto que é a entidade homenageada no Top Educação deste ano
Em 1977, nascia no Rio de Janeiro uma entidade que logo nos seus primeiros anos de vida lançou os telecursos, que marcam até hoje a história da democratização da educação brasileira. Por meio deles, conteúdos do então 1º grau e 2º grau eram televisionados, atingindo milhões de pessoas, principalmente, adultos que não haviam concluído a educação básica. Após 48 anos, a Fundação Roberto Marinho continua, por meio de variadas iniciativas, promovendo inclusão, aprendizado, desenvolvimento e, como é possível notar a seguir, uma educação emancipatória. Por conta desses trabalhos, a Fundação é a entidade homenageada no Prêmio Top Educação 2025*. A seguir, a entrevista com João Alegria, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho.
João Alegria, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho (Foto: divulgação)
O que distingue essa proposta é a ousadia de unir flexibilidade e inovação a uma escuta atenta das trajetórias de vida. Cada estudante chega carregado de histórias interrompidas, de jornadas de trabalho precoce, de responsabilidades familiares. A EJA da FRM não ignora esse passado: acolhe-o e transforma-o em ponto de partida para novas aprendizagens. As ferramentas também acompanham o tempo presente. Videoaulas, kits pedagógicos e plataformas digitais, como o Futura e o co.educa, compõem um ecossistema que coloca o aluno em contato com linguagens múltiplas, conectando o cotidiano às possibilidades de futuro. Para muitos, o Encceja, com apoio pedagógico direto, abre as portas da certificação, tão necessária para seguir estudando ou conquistar melhores oportunidades no mercado de trabalho.
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A co.liga é hoje uma das principais apostas da Fundação Roberto Marinho para aproximar juventudes das oportunidades de trabalho digno. Trata-se de uma escola digital gratuita, voltada especialmente para jovens de 15 a 29 anos, com foco em cultura, tecnologia e inovação. A proposta se apoia em três pilares: Educação, Trabalho e Comunidade. No campo da Educação, a plataforma oferece cursos curtos, gratuitos e acessíveis — em 2024 já eram mais de 50 formações em áreas como design, audiovisual, música, moda, gastronomia e tecnologia. No eixo do Trabalho, a co.liga promove editais, bolsas e conexões diretas com o mercado criativo; criando alternativas de vivências práticas no mundo do trabalho e geração imediata de renda. E a Comunidade se fortalece com a rede co.ligada, que hoje reúne 123 organizações parceiras em 11 estados, criando um ecossistema de colaboração e trocas.
Na educação básica, organizamos nossa atuação em três grandes eixos. O primeiro é a inclusão educacional, com as soluções de correção de fluxo escolar e Educação de Jovens e Adultos, apoio ao Encceja, videoaulas, a plataforma co.educa, além de kits pedagógicos e redes temáticas que ampliam o acesso à aprendizagem. O segundo eixo é a permanência, voltado a mobilizar famílias e comunidades para enfrentar a evasão escolar, um desafio central no país, o que fazemos por meio do Canal Futura. E o terceiro é a qualidade, com programas de formação continuada de professores e oferta de recursos pedagógicos digitais que ajudam a transformar a sala de aula.
Ao longo dessa trajetória, acumulamos marcos importantes: o Telecurso, por exemplo, é um verdadeiro ícone, referência nacional em educação a distância; já projetos como A Cor da Cultura consolidam nosso compromisso com uma educação antirracista. Em 2024, a Unidade Escolar da Fundação atendeu diretamente algumas centenas de estudantes no Rio de Janeiro, mas o alcance de nossas soluções vai muito além — só o Canal Futura impactou 64 milhões de brasileiros, levando conteúdos que dialogam com professores, famílias e comunidades em todo o país.
*O Prêmio Top Educação, que está em sua 19ª edição, é uma votação espontânea na internet realizada pela revista Educação e tem como objetivo apontar as marcas mais lembradas entre as empresas que atuam na área de educação. Desde 2023, homenageia uma entidade e uma personalidade da educação e/ou cultura. Neste ano, as escolhidas foram, respectivamente, a Fundação Roberto Marinho e a educadora Cristine Takuá, indígena do povo Maxakali e colunista da revista Educação.
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