NOTÍCIA
Estudo OPEE revela dados inéditos sobre motivação na educação. Psicoterapeuta Leo Fraiman destaca a esperança, tema do levantamento deste ano, como fundamental para sustentar propósitos
Escutar quem vive a escola todos os dias é o propósito do Estudo OPEE Educadores Brasileiros, que chega à 4ª edição consecutiva em 2025. O estudo tem se consolidado como a mais relevante iniciativa de escuta, análise crítica e valorização da voz dos educadores no país. A pesquisa anual, conduzida pela OPEE Educação, mapeia percepções, desafios e motivações de professores e gestores das redes pública e privada de ensino em todas as regiões do Brasil.
A cada edição um novo tema essencial é explorado e dá origem a um e-book gratuito, com análises e dados relevantes para quem se dedica à construção de uma educação mais humana, consciente e transformadora. Em 2025, o estudo lança luz sobre um sentimento poderoso: a esperança.
“Mais do que uma emoção, a esperança é um motor. Ela é o que sustenta o propósito de muitos educadores e os faz seguir acreditando que é possível transformar realidades”, afirma Leo Fraiman, psicoterapeuta e autor da Metodologia OPEE.
A Metodologia OPEE é pioneira em educação socioemocional, líder de mercado no Brasil com mais de 20 anos de atuação. Presente em mais de 1.800 escolas, busca a formação de alunos protagonistas, autônomos e preparados para a vida. Promove autoconhecimento e a construção sólida dos seus projetos de vida. Por isso, a OPEE está concorrendo ao Prêmio Top Educação promovido pela revista Educação, na categoria socioemocional.
Foto: divulgação OPEE
Com mais de 1.500 respondentes, a edição inaugural revelou um índice de motivação de 7,7 em meio ao cenário pós-pandêmico. Cerca de 60% dos educadores declararam não pensar em mudar de profissão, destacando o propósito como principal motor. Já os maiores desafios citados foram a desmotivação dos alunos, a sobrecarga docente e as defasagens de aprendizagem. Aprendizagem socioemocional (61,2%) e parceria com famílias (57,48%) foram os principais atributos de uma escola ideal, segundo os profissionais.
Com mais de 1.700 participantes, a segunda edição trouxe dados reveladores sobre o impacto da tecnologia em sala de aula. Para 67% dos educadores respondentes, os efeitos da tecnologia no comportamento infantil e juvenil são negativos, com destaque para a perda de foco e redução da convivência. Apesar disso, 44,68% reconhecem sua contribuição para facilitar o aprendizado. A média de motivação caiu para 7,4, revelando um alerta para o bem-estar docente.
Em sua terceira edição, o estudo investigou a importância da construção do projeto de vida na escola. Os resultados mostraram otimismo: a motivação subiu para 8,2. Além disso, 56% dos educadores têm um projeto de vida bem-definido e 58% mantêm esperança na melhoria da educação. Para 95% dos participantes, existe relação direta entre projeto de vida, competências socioemocionais e cultura de paz.
“Apesar dos desafios, os educadores seguem motivados. E, mais do que isso, seguem esperançosos. Isso precisa ser reconhecido, estudado e nutrido”, destaca Silvana Pepe, diretora-geral da OPEE Educação.
Neste ano, o Estudo OPEE propõe refletir sobre a esperança como fator de permanência, dedicação e transformação no fazer docente.
“A educação precisa ser construída com os educadores e não apenas para eles. O Estudo OPEE é essa ponte: escuta qualificada, devolutiva concreta e valorização da experiência de quem faz a escola acontecer”, completa Leo Fraiman.
O questionário está aberto até 1º de setembro de 2025, é anônimo e está disponível para todos os educadores que desejam contribuir com a construção de um retrato real e sensível da educação brasileira.
Se você é educador e acredita na educação como caminho, ajude a ampliar essa escuta.
Os e-books das edições anteriores estão disponíveis gratuitamente no blog da OPEE Educação.
Transformar começa por escutar.
Foto: divulgação OPEE
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