Em território nacional, o país identificou recentemente 4 mil brasileiros superdotados/com altas habilidades, desse total, 1.283 (32%) são crianças e adolescentes. É o que consta no registro da Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais e representante oficial da Mensa Internacional, uma das principais organizações de alto QI (quociente de inteligência) do mundo.

Segundo mapeamento da entidade, do total de pessoas identificadas no Brasil, o estado de São Paulo lidera a lista, com 1.700 superinteligentes. Em seguida estão Rio de Janeiro, com 423 pessoas, Minas Gerais, com 322, Paraná, com 308, e Distrito Federal, com 250 pessoas.

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A primeira criança entrou na entidade em setembro de 2006, quando tinha nove anos. Os identificados mais novos atualmente pela Mensa Brasil possuem dois e três anos de idade. Já o identificado mais velho possui, atualmente, 75 anos.

A Mensa Brasil recomenda aos governos brasileiros a adoção de um sistema nacional estruturado de avaliação da inteligência de crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, tanto nas instituições de ensino públicas quanto nas privadas. Esta medida já é aplicada em diversos países, com resultados importantes e positivos.
 
Na visão da entidade, o modelo tende a servir de base para a ampla identificação dos chamados superinteligentes, ainda nos primeiros anos de escolarização, contribuindo para um melhor direcionamento, desenvolvimento e aproveitamento dos potenciais intelectuais no Brasil, fortalecendo a evolução destes indivíduos e beneficiando a sociedade brasileira.

Debate público para o desenvolvimento

Nos últimos seis meses, o crescimento foi de cerca de 1.000 novos identificados. O esforço da Associação Mensa Brasil vem acompanhado da ampliação da capacidade de atendimento e de investimento em inteligência artificial. 

Com o intuito de ampliar a descoberta de pessoas com superdotação/altas habilidades, a entidade tem realizado periodicamente rodadas de testes em diversas cidades brasileiras. Houve também a criação da Fundação Mensa Brasil, com o propósito de expandir o debate público sobre o papel e os potenciais de desenvolvimento do país a partir de mais iniciativas destinadas aos indivíduos com superdotação/altas habilidades.

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“Identificar pessoas com inteligência alta é ferramenta fundamental para ajudar o Brasil a desenvolver políticas públicas de superdotação e altas habilidades, que hoje não alcançam a população a ser atendida. Se até 11% da população é superdotada e menos de 27 mil têm atendimento na educação escolar, por exemplo, significa que o Brasil falha em identificá-los”, alerta o presidente da Associação Mensa Brasil, Carlos Eduardo Fonseca.

Carlos Eduardo completa que Portugal, por exemplo, possui apenas 10 milhões de habitantes, mas 60 mil superdotados identificados: “O Brasil pode e deve melhorar sua identificação de superdotados para aperfeiçoar políticas públicas para este público tão carente de direitos”

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