Primeira sul-americana finalista do Global Teacher Prize, prêmio que a colocou entre os 10 melhores professores do mundo
Publicado em 15/04/2024
É possível transformar o presente. E as escolas, como agentes de mudanças, devem atuar em prol da sustentabilidade e educação ambiental
Em meio à urgência da luta contra as mudanças climáticas, a educação emerge como peça-chave para virar o jogo a nosso favor. O elo entre práticas sustentáveis e educação ambiental nas escolas é essencial para formar cidadãos comprometidos com a preservação do meio ambiente e a construção de um presente mais consciente e equilibrado.
Professores e gestores desempenham um papel crucial nesse cenário, sendo responsáveis por transmitir conhecimentos, valores e práticas que promovam a conscientização ambiental e incentivem ações concretas de preservação. Por meio da educação ambiental, podemos inspirar as gerações presentes e futuras a agir de forma sustentável e adotar hábitos no seu dia a dia que contribuam para a proteção do planeta e o combate às mudanças climáticas.
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Educação inclusiva: estratégias pedagógicas para promover a equidade
Iniciativas e projetos desenvolvidos por Secretarias de Educação se destacam na promoção da sustentabilidade e sensibilização ambiental nas escolas, entre as ações, destaco:
A adoção de projetos educacionais que envolvam campanhas de sensibilização e atividades práticas são estratégias eficazes para criar um ambiente educativo que estimule a reflexão e ação em prol da sustentabilidade. Por exemplo, o desenvolvimento de espaços verdes dentro do ambiente escolar, como hortas comunitárias e jardins verticais são uma forma eficaz de experienciar com os estudantes a importância da natureza e da sustentabilidade.
E/ou ainda a realização de mutirões de limpeza, palestras com especialistas e visitas a locais de preservação ambiental. Dessa forma, é possível criar um ambiente educativo participativo e instigante a práticas responsivas.
O movimento maker e a robótica, especialmente a robótica com sucata idealizada por mim, representam um caminho inovador e inspirador para integrar a sustentabilidade e a educação ambiental nas escolas. A cultura maker por si só incentiva a criatividade, a experimentação e a busca por soluções práticas por meio da construção e da prática, enquanto a robótica utiliza a tecnologia como ferramenta para desenvolver habilidades e conhecimentos nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia, matemática e artes (STEAM).
A robótica com sucata incentiva os estudantes a reutilizarem materiais descartados para criar projetos e protótipos, estimulando a criatividade, a sustentabilidade e a consciência ambiental. Dessa maneira, os estudantes têm a oportunidade de aprender sobre reciclagem, reutilização e sustentabilidade no formato mão na massa, ao construir seus próprios protótipos e dispositivos a partir de materiais que seriam descartados.
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6 tendências para a educação em 2024
Aprende mais quem aprende matemática de forma cooperativa
Essa abordagem não só estimula a criatividade e o pensamento crítico, como também sensibiliza os estudantes para a importância de ações sustentáveis e do uso responsivo dos recursos naturais. Além disso, a robótica com sucata permite aos estudantes experimentarem o processo de design thinking, resolução de problemas e trabalho em equipe, habilidades essenciais para a formação de cidadãos conscientes e preparados para enfrentar os desafios do mundo atual.
A integração de práticas sustentáveis e educação ambiental nas escolas é a peça que falta para virarmos o jogo e moldar cidadãos comprometidos com a proteção do meio ambiente.
Professores e gestores desempenham um papel crucial nesse processo, como catalisadores de mudanças. Ao capacitar os estudantes como agentes de transformação, estamos preparando-os para adotar comportamentos sustentáveis em suas vidas e comunidades, criando um impacto positivo duradouro.
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