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Arte e Cultura

Poesia Contra a Violência, de Sérgio Vaz, está de volta às escolas

Por Fábio Roberto Ferreira Barreto*: Sérgio Vaz, 57, cofundador do possivelmente maior e mais conhecido sarau do país, a Cooperifa, volta ao ensino presencial. Nesta segunda, 8, pela primeira vez em cerca de dois anos, o poeta da periferia (como Vaz também é conhecido) atravessou […]

Publicado em 08/11/2021

por Redação revista Educação

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Por Fábio Roberto Ferreira Barreto*: Sérgio Vaz, 57, cofundador do possivelmente maior e mais conhecido sarau do país, a Cooperifa, volta ao ensino presencial. Nesta segunda, 8, pela primeira vez em cerca de dois anos, o poeta da periferia (como Vaz também é conhecido) atravessou os portões de uma escola municipal paulistana –a EMEF Adhemar de Barros (a menos de 1km da Estação Campo Limpo do Metrô, zona sul da capital paulista) – para realizar sua reconhecida oficina literária: Poesia Contra a Violência (duas semanas atrás esteve em colégio público de Guarulhos).

Sérgio Vaz em oficina literária na escola Adhemar de Barros (foto: arquivo pessoal)

Poesia Contra a Violência foi idealizado por Sérgio Vaz como ação em uma unidade educacional do Jardim Ângela, em 1999, no extremo sul da cidade de São Paulo, quando o bairro ostentava o título de mais violento do mundo (daí o nome). Desde então é realizado em escolas públicas de todo o país. Finalista do Jabuti 2019, na categoria Fomento à Leitura, a intervenção do poeta consiste em valorização da literatura e promoção da educação de qualidade, por meio de recital de poemas e bate-papo sobre livros, sentimentos e transformação pessoal.

Leia: A janela periférica que multiplica os olhares

Obras reconhecidas

Autor de oito livros – dentre os quais se destacam Colecionador de pedras, Literatura, pão e poesia e Flores de alvenaria (todos pela Global Editora) – Sérgio Vaz, que, a exemplo de todos, não pôde visitar as escolas durante a pandemia, também recorreu às ferramentas digitais nesse período para levar literatura a estudantes e a educadoras e educadores. Mas, além da saudade de olhar nos olhos das pessoas, o poeta sabe que muitos educandos não tiveram a oportunidade de acesso à internet para participar de atividades remotas.

Mesmo que ainda não seja o velho “normal” – os protocolos ainda mandam evitar os abraços, exigem as máscaras e o álcool em gel –, será muito bom ver Sérgio Vaz atuando nas escolas outra vez. A expectativa e a ansiedade são grandes. De ambos os lados. “O poeta amaaaa ir às escolas” – revela Mari, filha e assessora do poeta mor da Cooperifa. “Vai ser um evento histórico”, comenta a diretora Janaína Borba.

O poeta da periferia, comemorando 33 anos de carreira, teve livro traduzido e lançado em espanhol, na Argentina, no último sábado, 06: Flores de ladrillos. É mais um motivo para celebrar a visita de um dos maiores poetas brasileiros da atualidade à escola Adhemar de Barros.  Seus versos ganham roupagens em outros idiomas, mas sua língua continua vestindo a camisa da periferia.

Na sua página no facebook você pode ter mais informações sobre os livros e eventos em que o autor estará presente. https://www.facebook.com/poetasergio.vaz2/

*Fábio Roberto Ferreira Barreto é professor da rede municipal de São Paulo, mestre em estudos literários e autor de textos sobre metodologias de ensino em publicações especializadas, bem como em destinadas ao público em geral.

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