NOTÍCIA
Longe da árvore foi escrito por um estadunidense cuja família não o aceitou como gay. Publicado em 2013, o livro se transformou em um documentário lançado recentemente no Brasil
Na infância, Andrew Solomon foi diagnosticado com dislexia. Seus pais não titubearam em lhe dar todo o apoio necessário e a custear seu tratamento. Mais tarde, Solomon assumiu ser gay – e, desta vez, a reação dos pais foi bem diferente. Sua mãe morreu sem ter jamais aceitado que o filho fosse homossexual. A experiência o levou a escrever Longe da árvore – Pais, filhos e a busca da identidade (Companhia das Letras, R$ 54), publicado em 2013 e que deu origem a um documentário, recém-lançado nos cinemas do Brasil e já disponível em serviços de streaming.
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Autor também dos livros O demônio do meio-dia – Uma anatomia da depressão e Um crime da solidão – Reflexões sobre o suicídio, Solomon assina a produção de Longe da árvore – a direção é das experientes documentaristas Rachel Dretzin e Jamila Ephron, que já fizeram filmes e minisséries de TV sobre temas sociopolíticos americanos.
O escritor é também, como no livro, um dos personagens do filme, contando sua própria história e aparecendo ao lado do pai, que reviu sua maneira de pensar em relação à homossexualidade do filho.
Outros personagens do livro reaparecem no documentário, em um panorama de como famílias lidam com a diferença em situações bem distintas – autismo, nanismo, síndrome de Down – que se assemelham no fato de que são, todas elas, vistas pela sociedade com preconceito.
A partir dessas histórias de vida, Solomon inverte os polos da célebre frase do russo Leon Tolstoi no romance Anna Karenina e conclui que “todas as famílias infelizes se parecem”, enquanto “cada família feliz é feliz à sua maneira”.
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