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Arte e Cultura

Cineasta iraniano aborda distâncias entre classes sociais

Trabalhos de Vahid Jalilvand surgem como mais uma referência a assuntos sociopolíticos da Ásia Oriental

Publicado em 22/10/2018

por Sérgio Rizzo

Cineasta iraniano aborda distâncias entre classes sociais "Sem data, sem assinatura" aborda política e religião

Apresentada ao Ocidente pela obra de Abbas Kiarostami (1940-2016), a tradição sociopolítica do novo realismo iraniano foi renovada recentemente pela consagração internacional do diretor e roteirista Asghar Farhadi.
Entre os filmes realizados por Farhadji estão À procura de Elly (2009), A separação (2011) e O apartamento (2016).
Surge agora um novo cineasta para mantê-la viva: Vahid Jalilvand.

filme iraniano Sem data, sem assinatur

Sem data, sem assinatura, de cineasta iraniano  aborda política e religião

Filmes do cineasta iraniano

Seu primeiro longa, Quarta-feira, 9 de maio (2015), já havia recebido prêmios em festivais.
Mas a recepção a Sem data, sem assinatura (2017) foi ainda mais positiva, incluindo os prêmios de melhor diretor e ator (Navid Mohammadzadeh) na seção Horizontes do Festival de Veneza.
A trama de Sem data, sem assinatura passou nos cinemas e em breve estará nos serviços de streaming.
É ambientada em cenário que lembra o dos filmes de Farhadi, com representantes da classe média escolarizada e quase laica em contato com a classe operária (e fundamentalista religiosa).
Ao voltar do trabalho para casa, um médico legista (Amir Aghaee) envolve-se em um acidente noturno.
O choque é com uma moto que leva uma família pobre – pai (Mohammadzadeh), mãe (Zakieh Behbahani), um menino e um bebê.
Ninguém parece ter se machucado, mas há um estranhamento social.
No dia seguinte, tem início um pesadelo.
Outra semelhança entre os filmes do cineasta iraniano Jalilvand e de Farhadi está na demonstração de que a verdade absoluta representa algo inatingível.
Em suas histórias, apresentam-se diferentes percepções da realidade, que se transformam em relatos às vezes conflitantes.
A Justiça iraniana procura agir, mas notamos que ela deixa escapar a complexidade das situações.
Já os personagens envolvidos sofrem com problemas de consciência.
Convidado a se colocar nas mesmas circunstâncias, o público pode sentir na pele as dúvidas, os remorsos e o sofrimento de cada um.
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Autor

Sérgio Rizzo


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