Crédito: Reprodução/Bett Educar
Tecnologia, programação e robótica. Esse é o novo cenário que os alunos devem encontrar daqui pra frente nas salas de aula. Durante a Bett Educar 2018, evento que acontece até a próxima sexta-feira (11/5), no Expo São Paulo, estão sendo apresentadas as últimas novidades do setor em tecnologia e inovação, e muito aprendizado também, através de oficinas e palestras, cujo foco é a integração à realidade dos alunos, com o emprego da Cultura Maker, aliada às habilidades socioemocionais. Ou seja, tudo o que envolve a agenda da educação do futuro.
“Hoje, muito se fala e muito se discute sobre as profissões do futuro, e existe uma grande incerteza sobre isso. Um dos pontos que é uma certeza é que vamos ter um volume enorme de dados e é preciso ensinar a criança a coletar e analisar esses dados. Aliado a isso, tem todo o universo maker, onde as crianças deixam de ser coadjuvantes e passam a ser protagonistas, construindo seus próprios dispositivos, computadores, e que enriquece o processo de aprendizagem, e de forma infinitamente mais divertida”, diz Antônio Moraes, Diretor de Educação da Microsoft Brasil.
Para o professor Luciano Meira, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e sócio-fundador da Joy Street, é importante que espaços como a Bett Educar proporcionem debates e indiquem caminhos para educadores e gestores sobre esse novo cenário para a educação brasileira. “A gente quer superar o modelo de escola dogmática, que apenas retransmite informação. Mas o caminho ainda é longo”, afirma Meira. A grande mudança, segundo o professor, é trazer problemas relevantes para serem resolvidos de forma colaborativa, algo que vai muito além de instalar um laboratório sofisticado. “Você pode ter um laboratório, mas ser uma escola toda baseada no modelo de aula tradicional”, diz o professor.
No Congresso Bett Educar, a palestra de Meira abordou o tema
“A Escola Será Maker”, onde destaca que para a escola ser verdadeiramente “maker” o mais importante é organizar cenários de aprendizagem com mais participação e autoria dos alunos. “Se não estiver a serviço de uma cultura de autoria, de resolução de problemas e desenvolvimento de projetos, o laboratório não faz a diferença. Tem que ter estratégia, não adianta mandar os alunos uma vez por semana para fazer “chaveiros”, sem relação com o restante do que acontece na escola”, explica.
Assista ao vídeo com algumas demonstrações de expositores durante a Feira Bett Educar:
http://bit.ly/BettEducar2018