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Museu americano disponibiliza gratuitamente planos de aula sobre fake news

Newseum, instituição dedicada ao jornalismo localizada em Washington, oferece recursos para professores prepararem alunos para a identificação de notícias falsas

Publicado em 27/04/2018

por Juliana Fontoura

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fake news

Crédito: Shutterstock

As fake news (notícias falsas) se tornaram uma grande preocupação mundial, uma vez que se espalham rapidamente nas redes sociais. Nesse contexto, formar jovens com visão crítica e capacidade de identificar o que é confiável tornou-se ainda mais importante.
Nos Estados Unidos, o Newseum, museu interativo dedicado ao jornalismo, possui projetos formativos sobre o tema voltados a alunos e professores. A instituição, localizada em Washington, existe desde 1997 e tem como um de seus objetivos conscientizar o público sobre a importância da liberdade de imprensa.
Hoje, em meio a um cenário marcado pela desinformação, o museu produz e compartilha gratuitamente materiais específicos sobre notícias falsas, além de oferecer workshops a professores. O objetivo é preparar o docente para trabalhar o tema com os alunos.
No fim do ano passado, a instituição publicou um pacote sobre alfabetização midiática que reúne 37 atividades divididas em oito tópicos. Os exercícios propostos exploram habilidades como a identificação de notícias falsas, a diferenciação entre fato e opinião e o reconhecimento de viés. Uma das aulas também funciona como um guia básico sobre jornalismo.
Todas as atividades estão disponíveis em arquivos Word, para que possam ser editadas e adaptadas pelos professores. Além disso, também é possível utilizá-las como inspiração para a criação de outros exercícios.
Segundo Barbara McCormack, vice-presidente de educação do museu, uma boa dica para criar atividades de identificação de notícias falsas é oferecer aos alunos ferramentas de fácil memorização – e que não se restrinjam a aspectos muito específicos, como a verificação da URL da publicação, por exemplo. “As especificidades mudam com o tempo, mas os conceitos gerais para analisar continuam os mesmos”, afirma.
Para unir a fácil memorização com a análise abrangente, as atividades sobre fake news desenvolvidas pelo museu propõem a verificação da credibilidade das notícias a partir do acrônimo ESCAPE (escapar, em inglês), que lembra os jovens de examinarem os seguintes aspectos das informações: evidência (evidence), fonte (source), contexto (context), público (audience), propósito (purpose) e execução (execution).
Além das ferramentas de identificação do que é verdadeiro e o que é falso, McCormack defende que é preciso ensinar aos jovens o valor do bom jornalismo para a democracia, tomando cuidado para que eles não se tornem céticos demais. “Isso pode ajudá-los a entender por que não podem simplesmente rejeitar todas as notícias e informações como se fossem falsas – o que é tão problemático quanto acreditar em tudo que lemos”, afirma. “Se eles [jovens] fizerem as perguntas certas e obtiverem respostas plausíveis, podem confiar na informação.”

Como acessar os planos de aula

1. Para ter acesso aos conteúdos dos planos de aula, é preciso fazer um cadastro gratuito neste link.
2. O pacote sobre alfabetização midiática pode ser encontrado aqui.
3. As atividades específicas sobre fake news podem ser acessadas nesta página.

Leia mais:

http://www.revistaeducacao.com.br/por-que-discussao-sobre-fake-news-deve-ser-levada-para-sala-de-aula/

Autor

Juliana Fontoura


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