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Aos poucos, bom-senso e evidências materiais convergem no universo da educação. Lançado em outubro pela Unesco, o Relatório de Monitoramento Global da Educação 2017 lança alerta sobre os programas de responsabilização que jogam foco apenas ou acentuadamente nos professores. Segundo o
documento, fazer com que os maus resultados em testes de larga escala recaiam apenas no colo docente é injusto e ineficaz.
No que diz respeito à incorporação da ideia da educação como direito, os avanços são consistentes. A seguir, alguns tópicos do relatório destacados pela Associação dos Jornalistas de Educação (Jeduca):
- 82% de 196 países incorporaram o direito à educação em seu ordenamento jurídico. Em 55% deles, é possível processar o governo pela violação desse direito, o que já ocorreu em 41% desse total.
- No mundo, 264 milhões de crianças e jovens não frequentam a escola.
- Entre 2000 e 2015, a taxa de alfabetização de adultos aumentou de 81,5% para 86%. Nos países de baixa renda, é de 60% . O número de adultos não alfabetizados caiu 4% no período, para 753 milhões.
- Há 27% menos jovens não alfabetizados, mas eles ainda são 100 milhões no mundo.
- Em 128 países, considerando 90% da população mundial em idade para frequentar a educação secundária, menos de 25% concluíram os anos correspondentes à etapa em 40 países (2010-2015). Só 14 países tiveram taxa de conclusão igual ou maior a 90%.
- De 86 países, 42 possuem legislação ou políticas de educação inclusiva em escolas comuns.
- O número de países com mais de 20% dos estudantes matriculados em escolas particulares aumentou entre 2005 e 2015: passou de 30% para 36% na educação primária e de 34% para 37% no primeiro nível da educação secundária (fundamental 2).