Última mesa do 3º Seminário Internacional de Gestão Escolar debateu formação. Da esquerda para a direita: Silvia Donnini, diretora de Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC); Guiomar Namo de Mello, membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo; Telma Vinha, professora da Unicamp e mediadora do debate; e Bernardete Gatti, presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo. (Crédito: Divulgação/Instituto Unibanco)
A avaliação de que a formação inicial de gestores nos cursos de pedagogia é deficitária foi consenso na última mesa de debate do 3º Seminário Internacional de Gestão Escolar, que aconteceu em São Paulo (SP) no dia 28 de setembro.
Bernardete Gatti, presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, afirmou que a formação inicial de gestores peca por ser genérica e superficial. “As diretrizes curriculares nacionais dos cursos de pedagogia, onde se pressupõe que se dá uma formação inicial para gestores, precisam ser revistas”, defendeu. Gatti também enfatizou que os mestrados profissionais em gestão podem ser uma boa alternativa para melhorar a formação, podendo ser estimulados por meio da oferta de bolsas.
Para Guiomar Namo de Mello, também membro do mesmo conselho, uma boa formação passa pela vivência no ‘chão da escola’, já que o gestor atua como formador permanente. “A educação continuada na escola é a mais eficiente”, avalia.
Outras competências necessárias ao gestor, diz, incluem a presença constante nos corredores e na sala de aula, conhecendo bem professores e alunos, e a atuação como “guardião do foco”, permitindo que a escola não se perca em meio a inúmeros projetos, problema bastante comum na educação.
Silvia Donnini, diretora de Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), apresentou alguns cursos de aperfeiçoamento em gestão oferecidos pelo MEC, como o Pradime, o Pro-Conselho, o Programa de Conselhos Escolares e a Escola de Gestores, mas assumiu que as matrizes curriculares dessas formações ainda são genéricas. “A realidade específica, só vamos conseguir trazer quando as próprias redes e as próprias escolas puderem discutir seus percursos formativos”, acredita.
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Autor
Redação revista Educação