NOTÍCIA
Publicado em 17/11/2016
Imagens de Boyhood, de Richard Linklater | Divulgação
A passagem da adolescência para a vida adulta é tudo menos um período tranquilo. Na seleção a seguir, algumas leituras desse período que variam da lembrança afetuosa à crueza da desesperança.
Juventude transviada (Estados Unidos, 1955)
Símbolo da rebeldia juvenil americana do pós-guerra. Nicolas Ray antecipa questões que se tornariam iminentes nas décadas seguintes: conflito de gerações, inadequação social, vazio existencial. Os personagens de James Dean, rapaz problemático que chega a uma cidade pequena, e Natalie Wood, uma jovem em busca de seu lugar como mulher, são inesquecíveis.
Conta comigo (Estados Unidos, 1986)
Quatro garotos de uma cidadezinha no norte dos EUA saem, no final dos anos 1950, em busca do corpo de uma criança desaparecida, que teria sido morta por um trem. A aventura é uma oportunidade para estreitar os laços de amizade e lealdade. Primeiro grande papel de River Phoenix, que morreria aos 23 anos, até hoje reverenciado como grande ator.
E sua mãe também (México, 2001)
Na Cidade do México, dois amigos prestes a entrar na faculdade, cujas namoradas estão na Europa, decidem viajar para a praia com uma mulher mais velha, casada com o primo de um deles. Dirigido por Alfonso Cuarón e com Gael García Bernal em um dos papéis principais, é um road movie sobre a amizade e descobertas emocionais e sexuais.
Entre os muros da escola (França, 2008)
Os costumes, crenças e problemas de adolescentes de diversas origens étnicas e sociais compõem o dia a dia de uma sala de aula na periferia de Paris. Palma de Ouro em Cannes, é baseado no livro do professor François Bégaudeau, que, na tela, também faz o papel do professor da turma. O desinteresse pelos estudos e as dificuldades de integração social dão o tom da narrativa.
Linha de passe (Brasil, 2008)
Os sonhos de quatro irmãos de um bairro pobre da zona leste de São Paulo, filhos de pais diferentes e criados pela mãe grávida, são o fio condutor do filme de Walter Salles e Daniela Thomas. Trabalho, religião, futebol e a busca pela imagem paterna marcam a vida dos jovens. No papel de mãe dos garotos, Sandra Corveloni foi eleita melhor atriz em Cannes.