Análise foi feita pelo Instituto Unibanco a partir de dados do MEC
Publicado em 22/06/2016
A inclusão de estudantes trabalhadores foi o ponto principal da consolidação do ensino noturno ao longo dos anos 80 e 90. Atualmente, 2,3 milhões de adolescentes estão matriculados no ensino médio à noite , o que equivale a um terço do total de 8,3 milhões.
Ainda que o ensino noturno seja valorizado por atender questões sociais, apresenta índices piores em comparação com os outros períodos. Com base em dados oficiais do Ministério da Educação (MEC), a pesquisa mostra que 73% dos estudantes do diurno nunca foram reprovados, enquanto o percentual cai para 54,2% no período noturno. No diurno, 93% nunca abandonaram a escola; no noturno, 79,8% o fizeram. O desempenho de quem estuda à noite nas avaliações do MEC também é pior.
Segundo o superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, os que não trabalham poderiam ser acomodados no ensino médio diurno. “Há problemas, no entanto, na oferta de vagas. Em muitos locais, os equipamentos são compartilhados, de dia funciona o ensino fundamental e à noite, o médio”, aponta.