NOTÍCIA

Exclusivo Assinantes

Mosaico

Cenas de Ycatu – Água Boa, que terá apresentações até junho em São Paulo A protagonista é a águaA metalinguagem, o folclore nacional e a canção popular são os caminhos adotados pela Cia. Paidéia de Teatro para ressaltar a importância da água no mundo durante […]

Publicado em 10/04/2013

por Camila Ploennes

Pipo Gialluisi
Cenas de Ycatu – Água Boa, que terá apresentações até junho em São Paulo


A protagonista é a água

A metalinguagem, o folclore nacional e a canção popular são os caminhos adotados pela Cia. Paidéia de Teatro para ressaltar a importância da água no mundo durante a peça infantil Ycatu – Água Boa. A história começa com o ensaio de uma companhia de teatro para crianças, justamente sobre o mais importante recurso natural do planeta. De repente, aparecem personagens como a Iara, o Saci-Pererê e o Curupira, que surpreendem os atores e interferem na encenação e nos rumos da peça. Além disso, músicos interpretam ao vivo canções sobre a natureza, como “Sa-sa sapo na lagoa” e “Peixinhos do mar”, que dialogam com os temas presentes no palco, entre eles a vida sustentável e o direito à água limpa.
#R#
O espetáculo fica em cartaz até junho, em São Paulo – com uma pequena interrupção no mês de maio, quando a Cia. Paidéia fará algumas apresentações de Ycatu (que significa água boa em tupi-guarani) em Ancara (Turquia), no festival de teatro infantil “Little Ladies Little Gentlemen”. Em 2014, a peça será encenada na Alemanha, devido a uma parceria com o Grips Theater de Berlim.

Ycatu – Água Boa
Cia. Paidéia de Teatro
Direção: Amauri Falseti
Rua Darwin, 153, Santo Amaro – São Paulo (SP)
Até 21 de abril, às quartas e quintas-feiras, às 10h30, e aos domingos, às 17h.
E de 9 de maio a 22 de junho, às quintas-feiras, às 10h, e aos sábados, às 17h (exceto 18/5 e 20/6).
Ingressos: R$ 20 (inteira) ou R$ 10 (meia).
Tel.: (11) 5522-1283
http://www.paideiabrasil.com.br

Bibliotecas possíveis?
A menos que já existam 39 novos canteiros de obra por dia desde 2011 erguendo bibliotecas em escolas brasileiras, é difícil acreditar que o país estará em 2020 de acordo com uma lei sancionada em 2010. Atualmente, apenas 27,5% do total de escolas brasileiras têm biblioteca. Isso quer dizer que para cumprir a Lei 12.244, que tornou obrigatório um acervo de ao menos um livro por estudante em cada unidade de ensino, o país precisa construir 128.020 bibliotecas até maio de 2020. Os dados do Censo Escolar 2011 foram compilados pelo movimento Todos pela Educação e se referem a escolas tanto públicas quanto privadas de todas as etapas da Educação Básica.

Embora o desafio tenha tomado essa proporção, uma ação do Instituto Ecofuturo merece ser difundida no sentido de mobilizar os gestores e os atores escolares. Como a gestão pública está completamente ligada à construção das bibliotecas, em março, a organização começou a distribuir aos prefeitos dos 5.500 municípios o livro Orientação sobre como acessar recursos públicos para criar e manter bibliotecas, publicação realizada em parceria com a Academia Brasileira de Letras, o Conselho Federal de Biblioteconomia, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), entre outros. O livro e os parâmetros para bibliotecas escolares também estão disponíveis gratuitamente no site http://www.euquerominhabiblioteca.org.br.

Ensino em prisões: responsabilidade transferida

Após dois anos e meio de vigência da resolução do Conselho Nacional de Educação que prevê as secretarias estaduais de Educação como responsáveis pelo ensino nas prisões do país, o estado de São Paulo cumpriu a medida, retirando essa função da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Com o maior sistema carcerário do Brasil, São Paulo foi a última unidade da federação a realizar a transferência.

Com isso, 537 professores da rede pública foram designados para o desafio de ensinar uma população carcerária de 15 mil alunos, ou 7,5% dos 200 mil presos divididos nas 154 cadeias do estado. Mas a quantidade de profissionais ainda está longe de ser suficiente. Segundo o Núcleo de Inclusão Educacional da Secretaria de Educação, são necessários 1.532 docentes para essa missão.

Os docentes começaram neste mês de abril um curso de formação específico. Uma parte dele é dedicada ao conteúdo pedagógico – que é o mesmo utilizado nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) – aplicado em salas multisseriadas. A outra, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é sobre as especificidades do trabalho dentro de penitenciárias. Ainda de acordo com a Secretaria, está em discussão o pagamento de bônus salarial e adicional de local de exercício e insalubridade para os professores transferidos, embora não exista um projeto de lei a respeito.

Desproporções na África do Sul
Uma recente pesquisa sobre o mercado de trabalho e o ensino superior na África do Sul chama a atenção, antes de tudo, para a falta de investimentos em Educação Básica no país. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a procura por profissionais com formação superior aumentou no período entre 1994 – ano marcado pelo fim do sistema de segregação racial, o Apartheid – e 2010, mas o número de formados não cresceu na mesma proporção. É o que mostra a pesquisa Educational attainment and labour market outcomes in South Africa, 1994-2010 (Escolaridade e resultados do mercado de trabalho na África do Sul, de 1994 a 2010, em tradução livre). O levantamento relaciona a esse cenário o dado de que apenas 25% da população tem acesso à educação de qualidade nos níveis fundamental e médio. O quadro também é ruim no ensino profissionalizante: 58% dos que começam os cursos não chegam a concluí-los. A notícia mais positiva do estudo é que a participação de mulheres e jovens aumentou no período avaliado. A força de trabalho ativa delas aumentou de 68% para 74%, enquanto entre os homens cresceu de 52% para 65%. De 1994 a 2010, houve um crescimento mínimo de 7% para 10% da população com diploma universitário. Se comparados os aumentos reais, mulheres com educação superior tiveram aumento de 32% em seus ganhos nos últimos 15 anos, enquanto as que possuem apenas educação primária, negras em sua maioria, tiveram aumento de 40%. Mas a OCDE adverte que as tensões raciais podem ser agravadas pela desigualdade no acesso à educação no país. Isso porque, embora a indústria de serviços viva um bom momento – fruto de uma política de regulamentação do trabalho e de estímulos à inclusão -, a educação superior e, consequentemente, os maiores salários ainda estão concentrados entre a minoria branca.

Revista Educação organiza seminário internacional

Refletir sobre as especificidades da cobertura de educação pela imprensa no Brasil e no exterior e promover o diálogo entre jornalistas e pesquisadores. Estas são as metas do I Seminário Internacional de Educação, Jornalismo e Comunicação. Organizado pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS) e pelas revistas Educação e Negócios da Comunicação, da Editora Segmento, o encontro acontece nos dias 9 e 10 de setembro de 2013, no centro de São Paulo. Além dos debates confirmados, haverá a apresentação de artigos acadêmicos que podem ser inscritos até o dia 22 de julho pela internet. Os melhores trabalhos serão selecionados por um comitê e divulgados durante o evento.

O seminário contará com quatro painéis de discussão. Estão em pauta a cobertura jornalística e linhas editoriais sobre educação na América Latina; as contribuições e desafios derivados da presença do olhar econômico na educação; direito e judicialização da educação; comunicação, educação e tecnologia. Entre os debatedores, há pesquisadores acadêmicos e jornalistas de diversos veículos de comunicação, tanto brasileiros como internacionais. Já os trabalhos que podem ser submetidos devem contemplar uma das quatro linhas temáticas: cobertura jornalística de educação; jornalismo, políticas públicas, economia e educação; jornalismo, direito e educação; educação, comunicação e tecnologia. O edital completo e todas as informações sobre como participar do seminário estão disponíveis na seção “Comunicação” do site www.iics.edu.br e no site da revista Educação.

I Seminário Internacional de Educação, Jornalismo e Comunicação
Auditório do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS)
Rua Maestro Cardim, 370 – Bela Vista, São Paulo – SP
Dias 9 e 10 de setembro de 2013, das 8h às 19h
Chamada para trabalhos até 22 de julho.
www.iics.edu.br

Autor

Camila Ploennes


Leia Exclusivo Assinantes

Janela

Livro reúne crônicas de Rubem Braga em que meio ambiente é o personagem...

+ Mais Informações
shutterstock_313288676

Oito transformações recentes da língua portuguesa e como a escola deve...

+ Mais Informações
iStock_000013978039Large

Escassez de laboratórios de ciências nas escolas brasileiras limita...

+ Mais Informações
DSC_0018

Escolas oferecem disciplinas para facilitar ingresso em universidades...

+ Mais Informações

Mapa do Site