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Marian Baqués participa de Educador

Pesquisador espanhol discute aprendizagem na escola

Publicado em 10/09/2011

por Redação revista Educação


O pesquisador espanhol Marian Baqués participa como conferencista, de
18 a 21 de maio

, do
Congresso Educador

, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). Baqués, autor da coleção
Projeto Pai – Pensamento, Ação, Inteligência

(Edições SM), trabalha no desenvolvimento de estratégias para o estímulo às chamadas competências cognitivas em escolas de educação infantil e ensino fundamental há vários anos na Universidade Ramon Llull.

O tema da conferência do pesquisador será


Os bons hábitos da mente: desenvolvendo habilidades e competências na escola.

Admirador do educador Paulo Freire, desde o início de sua carreira o espanhol se interessa pelos processos que levam à efetiva aprendizagem, especialmente aqueles ligados à palavra. Recentemente, Baqués concedeu uma entrevista à revista Idéia (especializada em avaliação educacional), em que apresenta algumas de suas sugestões sobre o tema.




A metacognição

“Há diversas maneiras de descrever a metacognição, desde Flavell, que fala de conhecer o que conhecemos. Metacognição é, basicamente, uma atitude capaz de conhecer-se, auto-regular-se (no sentido de se dar regras ou normas), dar-se um plano de ação e segui-lo, é a consciência sobre processos na resolução de tarefas”.
 

Ensinar a pensar


“Ensinar a pensar não implica não ter que dar conteúdos. Se alguém chega à sua casa e encontra a dispensa com poucos alimentos, terá poucas opções à hora de cozinhar. Se a encontra diversificada, poderá preparar uma refeição criativa. Devemos procurar que as crianças tenham uma boa bagagem de conhecimentos e que saibam administrá-los, a partir da metacognição”.
 



O conceito de habilidades e de competências metacognitivas

“Permita-me responder com uma metáfora. Um jovem chega pela primeira vez diante de um rio que deve atravessar. Como se conhece, senta-se e reflete sobre como chegará à outra margem. Primeira habilidade metacognitiva: conhecer-se. Propõe-se diversas maneiras de passar o rio: é a segunda habilidade, que é estabelecer regras, normas. Aí vem uma terceira habilidade, que é manter um plano de ação na hora de resolver o problema. Bem, depois, já na outra margem, o jovem pensa sobre como foram as coisas. Auto-avalia-se. Com o tempo, esse jovem automatizará a maneira de passar o rio. A imagem de passar o rio é a de aprender, a de resolver um problema”.
 

O trabalho cognitivo e as escolas


“Você me pergunta se as escolas de hoje em dia dão uma importância desmesurada aos conhecimentos escolares. Creio que não há de deixar de exigir conhecimentos às crianças. Não se aprende do ar, e sim de conteúdos. A questão é como transmiti-los: com grandes doses de humanidade, com as melhores metodologias, ensinando a aprender… para que um dia possam ser pessoas metacognitivas, quer dizer, conhecedoras de si mesma como aprendizes”.

Mais informações sobre o Educador pelo site


www.educador.com.br



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(Fonte: Grupo Promofair)

Autor

Redação revista Educação


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