Diretor da EMEF Profa. Maria Aparecida Rodrigues Cintra, SP, mestre em educação. Professor do 'Uma jornada pela diáspora africana' (prêmio Educação em Direitos Humanos, SMDHC - SP) e professor de pedagogia do Instituto Vera Cruz.
Publicado em 18/11/2025
Ao compreender-se como parte do território, a escola cria vínculos e amplia os horizontes e sonhos
A escola é um espaço vivo e pulsante, onde ressoam muitas histórias, culturas e sonhos. Em uma sociedade marcada pela desigualdade e pela pluralidade, a gestão democrática deve abrir portas para que essas vozes não apenas sejam ouvidas, mas protagonizem as transformações necessárias — e pensar o território é enxergá-la em movimento, mais que espaço físico; é memória, identidade e conexão. Milton Santos, cujo centenário será celebrado em 2026, nos lembra de que o espaço geográfico é o conjunto dinâmico de objetos e fluxos. Já Luiz Antônio Simas o define como uma encruzilhada — um lugar de encontros, cruzamentos e potências. Assim, a escola que se abre para o seu entorno tanto aprende quanto ensina.
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Ainda sobre sonhos e possibilidades
Dos fios da escola às tramas da democracia
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Ao compreender-se como parte do território, a escola cria vínculos e amplia os horizontes e sonhos. As parcerias com organizações locais, movimentos sociais e equipamentos públicos e privados tornam o currículo mais significativo e conectado à vida real, seja por meio de feiras culturais, visitas de campo e projetos interdisciplinares. Essas experiências criam pontes entre o saber escolar e o saber comunitário.
É verdade que os desafios como desigualdade de recursos, falta de infraestrutura e busca de resultados são barreiras que precisam ser enfrentadas pelas diferentes esferas do governo, sociedade civil e comunidade escolar. A gestão democrática, a relação com o território e as políticas públicas são fios que, entrelaçados, tecem possibilidades de uma educação inclusiva e transformadora. É na trama coletiva que floresce a escola cidadã, justa e significativa.

Ao compreender-se como parte do território, a escola cria vínculos e amplia os horizontes e sonhos (Foto: Shutterstock)
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