NOTÍCIA
Iniciativa da colombiana Institución Educativa Comercial de Envigado orienta a comunidade escolar a ser gestora de ações de impacto positivo. Projeto concorreu com escolas do Brasil e México
Uma rota pedagógica e didática, alinhada às políticas públicas de educação ambiental da Colômbia, que orienta a comunidade escolar a se tornar gestora de projetos ambientais, sociais, econômicos e tecnológicos a serviço da coletividade. Esse é o projeto Metodologia de Pesquisa Socioambiental GCA, da Institución Educativa Comercial de Envigado, Colômbia, e o grande vencedor da terceira edição do Prêmio Escolas Sustentáveis, iniciativa da Santillana, da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) e da Fundação Santillana que busca identificar e reconhecer as escolas mais comprometidas com a sustentabilidade.
O anúncio do Projeto do Ano foi feito nesta terça-feira, 21 de outubro, durante o Fórum Internacional de Sustentabilidade e Educação. O projeto vencedor busca envolver alunos e professores em ações práticas de sustentabilidade como reciclagem, hortas e uso consciente de recursos para transformar a escola em um modelo de educação ambiental e cuidado com o planeta.
Metodologia de Pesquisa Socioambiental GCA havia sido vencedor na etapa nacional colombiana na categoria Ensino Médio. Ao conquistar o Projeto do Ano, a Institución Educativa Comercial de Envigado recebeu o equivalente a R$25 mil como premiação.
Projeto colombiano é o grande vencedor da terceira edição do Prêmio Escolas Sustentáveis (Foto: divulgação)
Seis instituições de ensino do Brasil, Colômbia e México avançaram para a final internacional do Prêmio Escolas Sustentáveis 2025. Após receber cerca de mil candidaturas nesta terceira edição, o júri do prêmio selecionou duas iniciativas em cada país, uma na categoria Educação Infantil, Fundamental e outra na categoria Ensino Médio, considerando critérios como impacto, eficácia, grau de criatividade e inovação.
As escolas responsáveis por essas boas práticas receberam um prêmio em dinheiro no valor de US$ 3 mil como reconhecimento por seu compromisso e como incentivo para continuar promovendo a sustentabilidade por meio da educação.
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Educação ambiental deve ser prática e transversal
Educar para o Bem Viver | Coluna Cristine Takuá
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Pelo Brasil, concorria pela categoria Educação Infantil-Fundamental, o projeto IncluARTE – SustentART, do centro educacional Creche Municipal Magdalena Arce Daou, de Manaus (AM). O projeto combinou sustentabilidade, arte e inclusão para transformar um território degradado pelos impactos ambientais. Na categoria Ensino Médio, o Brasil foi representado pela Escola Estadual Brasil, em Limeira (SP), reconhecida pelo projeto AquaTerraAlert, que criou um sistema pioneiro de alerta precoce para inundações e deslizamentos de terra.
No México, os finalistas foram a Escola Primária Rural Aquiles Serdán, em Educação Infanto-juvenil, com o projeto Escola Sustentável, que busca migrar de uma educação ambiental e sustentável teórica para uma abordagem mais prática, e o Colégio Sinaloa A.C., com o projeto Aplicação de Consórcios Microbianos de Montanha na Agroecologia Sustentável, para geração de biofertilizantes para cultivos ambientalmente mais sustentáveis.
Pela Colômbia, ainda concorria o projeto Eco Moda School, Gamificação STEAM para Reduzir a Pegada, do Liceo Pestalozziano. A iniciativa transformou o problema dos resíduos têxteis — como uniformes e roupas infantis — em uma poderosa solução, combinando tecnologia, educação STEAM e participação comunitária.
Após o sucesso da edição anterior, o Fórum retornou em 2025 consolidado como um espaço de encontro, reflexão e ação para educadores e especialistas comprometidos com a transformação social e ambiental. Com o tema A escola de hoje: resiliente, inclusiva e tecnológica, o evento foi realizado em 21 de outubro, no Museu de Arte do Rio (MAR), no Rio de Janeiro e destacou o papel central da educação na construção de sociedades mais justas e sustentáveis, inspirando ações que ultrapassem os muros escolares.
Promovido pela Santillana, pela Fundação Santillana e pela OEI, o fórum propõe uma visão integral do desenvolvimento sustentável a partir da escola, fortalecendo o vínculo com a comunidade e ampliando o impacto educacional no mundo.
O Fórum reuniu especialistas e educadores em torno de três grandes eixos: a relação entre espaço físico, currículo e formação docente para promover escolas mais resilientes; o papel da inteligência artificial na construção de uma educação inclusiva e sustentável; e a importância da inclusão indígena e da interculturalidade no fortalecimento de uma escola verdadeiramente comprometida com a sustentabilidade.
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