NOTÍCIA
Projetos foram desenvolvidos por professores e gestores do infantil ao médio e dialogam com um dos seguintes eixos: Direitos Humanos, Sustentabilidade e Inovação e Tecnologia
O Prêmio Educador Nota 10, uma das premiações mais importantes da educação básica brasileira, anunciou em 25 de agosto os finalistas da sua 27ª edição. Ao todo, foram selecionados nove educadores e educadoras de escolas brasileiras que desenvolveram projetos transformadores e de impacto em suas comunidades, alinhados aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.
As iniciativas foram desenvolvidas por professores e gestores escolares de escolas públicas e privadas da educação infantil ao ensino médio, alinhadas a três eixos temáticos: Direitos Humanos, Sustentabilidade e Inovação e Tecnologia. Foram selecionados três educadores de cada categoria. Confira quem são os finalistas e seus projetos.
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Atividades extracurriculares podem ajudar no desenvolvimento de competências socioemocionais
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O projeto buscou trazer reflexões sobre pobreza, economia, educação financeira e empatia, com foco na formação cidadã e no protagonismo juvenil. Promoveu o uso da língua inglesa em contextos reais de comunicação, incentivou reflexões sobre o futuro e fortalece a autoestima e engajamento dos alunos. Além disso, o projeto envolveu o intercâmbio virtual com estudantes de uma escola americana, além de atividades culturais, apresentações e a criação de uma página,
Realizado pelos alunos do 3º ano do ensino médio, promoveu o protagonismo juvenil por meio da organização de um evento esportivo pedagógico e, ao final, os alunos organizaram e participaram de provas de corrida, salto e arremesso, atuando como árbitros e monitores. A iniciativa desenvolveu habilidades como liderança, comunicação e trabalho em equipe, superando desafios de infraestrutura com criatividade.
Alunos e professores resgataram histórias da escola e do bairro, produziram conteúdos midiáticos e um documentário. A iniciativa valorizou a cultura local, desmistificou estigmas sociais e consolidou a escola como espaço de criação, acolhimento e transformação social.
Desenvolveu um projeto voltado à sustentabilidade e preservação ambiental no Quilombo do Caroá, buscando soluções para os resíduos tóxicos gerados pelas casas de farinha, como a manipueira e as cascas de mandioca. Os estudantes elaboraram protótipos que reaproveitam esses subprodutos, transformando-os em materiais como blocos de construção, vinagre, biodigestores, madeira ecológica e plástico biodegradáveis.
Desenvolvido com bebês, famílias e educadores, promoveu uma imersão sensorial no universo marinho. Inspirado em locais simbólicos da cidade de Paulista, utilizou ambientações com tecidos, sons, livros e elementos naturais para estimular a curiosidade, o vínculo afetivo e o desenvolvimento integral das crianças.
Desenvolvido com alunos do 1º ano do ensino médio, integrou teoria e prática para promover a compreensão dos riscos urbanos e ambientais na região da escola, buscando contribuir para a formação de jovens conscientes e capazes de propor soluções para uma cidade mais segura e sustentável. Os alunos estudaram conceitos geográficos e construíram maquetes que representaram pontos de vulnerabilidade do território.
Os primeiros, segundos e terceiros colocados em cada categoria receberão, respectivamente, R$ 25 mil, R$ 20 mil e R$ 15 mil (imagem da cerimônia de 2024) (Foto: divulgação)
O projeto teve como foco investigar e valorizar as experiências de trabalho vividas pelos estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA), reconhecendo o trabalho como elemento estruturante de suas trajetórias de vida. Com a articulação entre leitura, produção escrita, oralidade e análise linguística, o projeto apresentou um currículo que prevê a elaboração de caminhos individuais e coletivos de emancipação para a classe trabalhadora.
Promoveu uma educação inclusiva e representativa para alunos negros e quilombolas. A iniciativa surgiu como resposta às recorrentes situações de racismo e bullying vivenciadas no ambiente escolar, buscando fortalecer a autoestima, o senso de pertencimento e a valorização da identidade desses estudantes. Com encontros semanais nas aulas de História, o clube promoveu a leitura e o debate de obras antirracistas, de autoria negra, criando um espaço seguro para o diálogo, a escuta ativa e o compartilhamento de experiências.
Buscou fortalecer a identidade das crianças e promover uma educação antirracista, apresentando referências artísticas negras periféricas, por meio de atividades culturais como leitura de livros, produção de maquetes e autorretratos. As crianças puderam se reconhecer, valorizar suas origens e refletir sobre a diversidade étnico-racial.
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EMEI Nelson Mandela, a escola referência nacional em educação antirracista
Educação libertadora na prática com Gina Vieira Ponte
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Os primeiros, segundos e terceiros colocados em cada categoria receberão, respectivamente, R$ 25 mil, R$ 20 mil e R$ 15 mil. Os vencedores também serão contemplados com bolsas integrais de pós-graduação do Singularidades e acesso à PROFS, plataforma online de formação continuada para educadores, desenvolvida pela SOMOS Educação. Além disso, os três projetos indicados ao 1º lugar de cada eixo temático concorrerão ao prêmio Educador do Ano.
As escolas dos vencedores em 1º lugar também receberão acesso à plataforma de correção de redações Red1.000, desenvolvida pela SOMOS Educação. O grande vencedor receberá uma doação para a escola em que o projeto foi realizado no valor de R$ 25 mil (que podem ou não ser atribuídos em produtos e/ou serviços).
Ao longo de sua trajetória, o Prêmio Educador Nota 10 teve mais de 86 mil projetos inscritos e reconheceu 279 educadores, que receberam aproximadamente R$ 3 milhões em prêmios no total.
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