NOTÍCIA
Brasileiros passam em média 4,1 anos aprendendo inglês e ainda assim o resultado é fraco, indica pesquisa da Pearson
Publicado em 08/04/2024
Em relação ao inglês, os sistemas educacionais em todo o mundo ainda têm muito a fazer para preparar adequadamente seus alunos para o mercado de trabalho, aponta pesquisa global elaborada pela Pearson, uma das maiores empresas de aprendizagem do mundo.
Embora todos os entrevistados tenham tido alguma educação formal no idioma (uma média de pouco mais de quatro anos) — seja na escola, na faculdade ou em ambos — e dois terços tenham uma qualificação formal, existe a preocupação de que o que aprenderam não os preparou adequadamente para o local de trabalho.
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No Brasil, mais da metade (54%) dos entrevistados sentiram que a educação formal não lhes proporcionou um bom nível de proficiência em inglês, em linha com as médias globais.
Tomando como base que mais da metade dos entrevistados brasileiros sentiram que alcançaram um bom nível de proficiência no idioma ao final da educação formal, surpreende que apenas 22% dos entrevistados disseram que se sentiam confiantes no uso de todas as quatro habilidades (falar, escrever, ouvir e ler) no local de trabalho, ligeiramente inferior à média global de 25%. Isto indica que mesmo aqueles com bons níveis de inglês têm dificuldades com o idioma que é exigido no trabalho.
Dados da pesquisa mostram que 60% dos entrevistados estudam o idioma para ter acesso a posições com salários melhores.
Fazer amigos é uma motivação para que 27% dos entrevistados brasileiros queiram aprender o idioma. Já para 54% dos brasileiros, a evolução no inglês os deixa confiantes em outras áreas de suas vidas. Mais da metade dos entrevistados (67%) estudam para viajar mais.
O estudo de Pearson com mais de 5.000 falantes de inglês como segunda língua ou língua adicional foi conduzido pela PSB Insights no final de 2023 no Japão, Arábia Saudita, Brasil, Itália e EUA (Flórida).
Os entrevistados tinham entre 18 e 64 anos, não eram fluentes no idioma, não o falavam como primeira língua e estavam aprendendo inglês ativamente, usando a língua inglesa regularmente no trabalho, motivados profissionalmente para aprender inglês ou acreditavam que o idioma faria seu trabalho mais fácil ou melhorar as suas perspectivas de emprego.
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