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Gestão

Alunos precisam ter aula sobre o futuro, defende futurista

Como os gestores e gestoras podem navegar nas constantes mudanças que ainda vão ocorrer no futuro? Para a futurista, diretora do Teach the Future no Brasil e integrante do board executivo da Federação Mundial de Estudos do Futuro (WFSF) Rosa Alegria, o planejamento pedagógico dos […]

Publicado em 07/10/2022

por Redação revista Educação

Como os gestores e gestoras podem navegar nas constantes mudanças que ainda vão ocorrer no futuro? Para a futurista, diretora do Teach the Future no Brasil e integrante do board executivo da Federação Mundial de Estudos do Futuro (WFSF) Rosa Alegria, o planejamento pedagógico dos gestores escolares precisa contemplar o ensino do futuro para os seus alunos. 

“O futuro nasce na imaginação e com ela fomos capazes de criar tudo aquilo que temos hoje de inovação. É muito importante fortalecer e ampliar o imaginário dos alunos dentro das escolas com a perspectiva de luz para que as crianças e jovens percebam que são capazes e que podem mudar o futuro. Hoje, me preocupa muito o que observo nesses alunos que pensam no futuro replicando apenas aquilo que têm medo. A maior contribuição das escolas nessa sociedade pós-covid é trazer luz para que os alunos imaginem os seus futuros”, analisou Rosa.

O diretor de TI/TE e inovação do Colégio Paraíso, Jorge Raniere Silverio Candido, concorda com essa ideia de ensinar a pensar no futuro e complementa que é preciso ensinar fazer mais perguntas do que trazer respostas já prontas. 

As falas de Rosa e Jorge fizeram parte de um dos painéis de ontem, 6, da 3ª Jornada Bett, em Recife. O evento teve duração de dois dias e contou com oito painéis.

Foto: Bett Brasil

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Leia: Os futuros da educação segundo a Unesco

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Educação em Pernambuco

A qualidade da educação do estado de Pernambuco também foi destaque na Jornada. A coordenadora de projetos educacionais do CESAR School (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), Juliana Serafim, salientou a importância da colaboração entre a iniciativa privada e o poder público para gerar uma real transformação na qualidade do ensino e no avanço da agenda tecnológica das escolas. 

Juliana aproveitou para falar sobre uma novidade do CESAR School, que faz parte do Porto Digital, um dos principais parques tecnológicos e ambientes de inovação do Brasil. Trata-se de um novo programa, o Fundo para Bolsas de Estudos, que oferece bolsas de graduação para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. “Recife é, infelizmente, a capital mais desigual do país há mais de 35 anos. A ideia desse programa é sistematizar uma política que já existe no CESAR, que é a concessão de bolsas de estudo com quatro anos de graduação. Essa é uma das maiores estratégias que temos como ecossistema para fomentar a Educação.”

Também no painel, o estudante e cofundador da startup Cordel, Vinnicius Rodrigo contou sobre a sua experiência no sistema de ensino de Pernambuco com passagem na escola NAVE Cícero Dias, que é referência no estado. “Vejo que a escola carrega uma responsabilidade de formação cidadã. A convivência com os colegas na escola me ajudou a reconhecer quem eu era e a potencializar as características que tenho hoje profissionalmente.”

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Leia: Jovens indígenas multimídia fortalecem a cultura Huni Kuin

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Novas tecnologias 

Em um outro painel, sobre a inserção de novas tecnologias de aprendizagem nas escolas de maneira espontânea e natural, a coordenadora da pós-graduação em gestão da inovação na escola, do Instituto Singularidades, Carolina Cavalcanti, e o cofundador e CEO da Layers Education, Danilo Yoneshige, pontuaram que a inovação no ambiente escolar deve ser realizada de forma cocriativa e que a implementação de uma nova tecnologia só faz sentido se utilizada com objetivo e intencionalidade. 

“A escola é um organismo vivo que está o tempo todo em movimento. É fundamental escutar as equipes administrativas e pedagógicas sobre as suas demandas e, baseadas nelas, tomar decisões para construir o seu parque tecnológico”, disse Danilo. Ele também ressaltou que observa receio entre os professores em adotar certas tecnologias com alunos que já nasceram nativos digitais. “O aluno sabe muito sobre consumir tecnologia, mas não tem domínio tecnológico de potencializar a sua criação como é imaginado pelos professores”, completou. 

Carolina alertou que é essencial entender o nível de maturidade da escola e dos alunos e suas famílias para saber se todos estão preparados para usar determinada tecnologia. 

“O papel do gestor é ajudar a ampliar a visão do professor sobre como as novas tecnologias podem ser usadas para diferentes fins pedagógicos e entender os porquês de usar uma tecnologia específica, sem necessariamente focar apenas em como deve ser usada”, disse Carolina Cavalcanti.

Já a responsável por tecnologia educacional no Colégio Apoio, Izabella Barros, destacou a importância da formação continuada para melhor preparar os professores para essa transição com as novas tecnologias em sala de aula.



Serviço

3ª Jornada Bett

Data: 5 e 6 de outubro de 2022.

Endereço: Centro de Eventos Recife (Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, 4861, Imbiribeira – Recife, Pernambuco).

Site oficial: https://brasil.bettshow.com/

A 3ª Jornada Bett Recife aconteceu em formato híbrido: presencialmente no Centro de Eventos Recife/PE e com transmissão ao vivo na Plataforma Bettonline. Todos os congressistas inscritos puderam interagir com os palestrantes, participar de enquetes, mesmo os que interagiram online.



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Autor

Redação revista Educação


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