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Pedagogo: acalmar feridas e reorganizar a sociedade estão entre as nossas missões

Solange A. G. Rodella*: Quando recebo um estagiário que vem, pela primeira vez, colocar em prática, na sala de aula, a teoria que vem aprendendo na faculdade, sempre pergunto:  – Por que escolheu pedagogia? Na maioria das vezes, a resposta é a mesma: – Vontade […]

Publicado em 20/05/2022

por Redação revista Educação

Happy smiling middle aged woman school teacher posing in classroom. Foto: Envato Elements

Solange A. G. Rodella*: Quando recebo um estagiário que vem, pela primeira vez, colocar em prática, na sala de aula, a teoria que vem aprendendo na faculdade, sempre pergunto: 

– Por que escolheu pedagogia?

Na maioria das vezes, a resposta é a mesma:

– Vontade de mudar o mundo, ajudar as crianças a fazerem essa mudança.

Acontece que hoje o MUNDO MUDOU. Desde 2020, início da pandemia, o mundo não é mais o mesmo. Daí, o exercício dessa profissão, o pedagogo, deu uma virada radical e hoje enfrenta uma sociedade com pais machucados pelo excesso de trabalho, de exigências, pela falta de lazer, de tempo, de harmonia e que trazem seus filhos, muitas vezes pela primeira vez no convívio social, para que a escola os ajude. Pais pedindo socorro.

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Leia: Se não mudar, vai faltar professor

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Eis que entra em cena o pedagogo. Aquele que apesar de acompanhar constantemente novas metodologias de ensino, tecnologias e estudar incansavelmente para entender o outro, também se sente fragilizado e carrega uma responsabilidade gigante com o mundo. Mas não queríamos mudá-lo? Favorecer nossas crianças para enfrentarem esse processo de mudança? Sim e, então, entendo que junto à área de saúde, é a Educação, na figura do Pedagogo que irá acalmar os ferimentos e reorganizar a sociedade.

O fato é que ainda não temos bibliografia para alguns tipos de comportamento de alunos que tiveram seu desenvolvimento comprometido pelo isolamento. Mas como o estimulante dessa profissão é encontrar respostas, vamos atrás delas. 

O que esperar do bom pedagogo? Que formemos e informemos nossas crianças com visão crítica (e não a nossa visão), ética (ainda que pouco cobrada em alguns âmbitos da sociedade), sem preconceito sobre nada e ninguém, com autonomia e garantindo sua identidade, afinal, somos um profissional que, na contemporaneidade, pretende afirmar-se como elemento mediador e articulador de um mundo sustentável, com pessoas empáticas morando nele pois, nesse momento, ainda que vivendo os perigos das escolhas diárias que somos obrigados a fazer nesse mundo polarizado, SOMOS O PRINCIPAL AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE

*Solange A. G. Rodella, coordenadora pedagógica do Colégio Montessori Santa Terezinha

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