NOTÍCIA
Elaboração de um documento personalizado é uma alternativa básica que escolas devem estar por dentro para proteção no mundo digital
Mais do que nunca a escola precisa estar por dentro dos mecanismos que a protegerão dos riscos do universo digital. “Não dá para prover aos meus alunos e professores recursos tecnológicos sem ensinar que não se deve sair por aí fotografando conteúdo e disponibilizando na internet, em diversos grupos. Muitos conteúdos possuem direitos autorais”, orienta Alessandra Borelli, advogada dedicada às áreas de direito digital e proteção de dados e CEO da Opice Blum Academy. Ela completa: não adianta eu pensar ‘minha escola é supertecnológica, tem uma série de ferramentas e oportunidades para as novas gerações’. Se eu não ensinar a utilizar tudo isso é um tiro no pé”.
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Dentre os exemplos citados por Alessandra durante o painel Comportamentos que garantem segurança online, que aconteceu no dia 13, último dia da Bett Brasil,há ocaso de um aluno que compartilhou o conteúdo da aula na internet e por isso foi condenado e um outro ocorrido, mas com professor, que foi gravado fazendo um comentário contra determinado político e acabou sendo demitido.
Outro ponto ressaltado sobre escolas e proteção digital foi em relação ao contrato. “Quando você pensa em implementar ferramentas tecnológicas na sua escola é preciso deixar as regras claras, criar regulamento e acordo de conduta, estabelecer direitinho as regras do contrato de prestação de serviço firmado com as famílias, e um contrato firmado com os fornecedores”, comentou Alessandra. Essas dicas de segurança visam, diante de um incidente, evitar que a escola seja responsabilizada.
Localizada na capital paulista, a Escola Bosque possui parcerias com plataformas que garantem a proteção do aluno contra os conteúdos da internet e a possibilidade da escola monitorar a sua utilização e direcionar o seu tempo para criação de projetos criativos com suas ferramentas.
Dentre as ferramentas que a Escola Bosque utiliza, Silvia Cristina Scuracchio, pedagoga e diretora pedagógica da instituição, citou plataforma Microsoft, Kahoot!, e a Flipgrid – nessa última, alunos podem produzir e postar vídeos, porém, antes de ficarem disponíveis na plataforma passam pela supervisão dos professores.
“A gente tem que pensar que a internet é uma ferramenta pedagógica poderosa e não podemos abrir mão. Não tem volta, nós vamos ter que aprender a trabalhar com ela de todas as formas”, alertou Silvia.
Vale ressaltar que a convivência com o meio digital, segundo Silvia, é um direito da criança, mas existem formas da escola se proteger e utilizar as suas ferramentas da melhor forma, como, por exemplo, tendo uma integração da escola com uma equipe de T.I e ter uma infraestrutura que ajude a diminuir sua vulnerabilidade. Ambas palestrantes mostraram os dois lados da tecnologia, e compartilharam o livro: É pra já: a proteção de dados de crianças e adolescentes não pode esperar, um e-book gratuito de Alessandra Borelli que pode auxiliar as escolas a se preparar para o real. Clique aqui para ler.
A Bett Brasil é o maior evento de educação e tecnologia na América Latina. Acontece de 10 a 13 de maio no Transamerica Expo Center, São Paulo. E nós, da Educação, fizemos uma cobertura especial. Clique aqui para ver nossa cobertura.