ARTIGO
Com ou sem aulas presenciais, trabalhar nas crianças e adolescentes tais capacidades continuam sendo vitais, ainda mais em tempos pandêmicos
Publicado em 18/03/2021
Por Sueli Conte*: Seja adotando aulas online, presenciais ou híbridas, a maior preocupação nesse momento deve ser direcionada ao cuidado com a inteligência emocional e ao desenvolvimento de um trabalho socioemocional com as crianças e os adolescentes. Esses temas nunca estiveram tão em alta. Eles já tinham sua relevância, mas com a pandemia fica ainda mais claro que aplicar essas questões proporciona inúmeros benefícios.
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Dentro da competência socioemocional são trabalhados pontos essenciais para o desenvolvimento humano. Podemos reforçar na criança a sua própria identidade, ou seja, ajudá-las a entender quem elas são, quais os seus pontos fortes e fracos e, até mesmo, orientá-las quanto a identificação e como lidar com os mais variados sentimentos. Com as habilidades socioemocionais entendidas, torna-se possível alcançar, de forma mais assertiva, os objetivos traçados, fica mais simples tomar decisões de maneira responsável e até gerenciar as próprias emoções.
Quanto mais cedo as pessoas têm consciência da importância das habilidades socioemocionais, melhores são os resultados em diversos setores da vida. Isso significa que entender desenvolver e buscar compreender tais aspectos desde a infância traz benefícios reais e garante preparo e equilíbrio para a vida adulta.
Pensando assim, o ideal é que os pais e responsáveis transformem em rotina o estímulo a certas habilidades, como: desenvolver empatia, apreciar a diversidade e, acima de tudo, respeitar os outros e as diferenças existentes entre as pessoas.
Claro, também é possível trabalhar o tema na escola. Aliás, o desenvolvimento das habilidades socioemocionais em crianças precisa ser realizado em parceria entre a escola e a família, uma vez que essas características estão no dia a dia, nas pequenas atitudes, desde as atividades mais simples até as mais complexas. Não se constrói isso sem a participação da família ou sem a ajuda da escola.
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Incentivar e ensinar crianças e adolescentes a estabelecer relacionamentos com os colegas da escola, que eles saibam lidar com diferentes opiniões e costumes e, principalmente, a trabalhar em equipe são alguns pontos chaves, assim como é extremamente interessante que eles aprendam a lidar com os próprios conflitos, sejam eles internos ou externos.
Afirmo com segurança que meninos e meninas que conhecem e respeitam os próprios sentimentos, que têm empatia pelo outro, que conhecem limites e sabem respeitar as vontades dos outros, tornam-se adultos mais seguros, menos suscetíveis a julgamentos e muito mais felizes com as próprias escolhas.
*Sueli Conte é especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga, diretora e mantenedora do Colégio Renovação, com unidades nas cidades de São Paulo e Indaiatuba.
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