Seis passos para implementar laboratórios que incentivem a criação, a investigação e a descoberta por parte dos alunos
O movimento maker aplicado à educação prevê que a comunidade escolar use a tecnologia a favor da livre criação e das próprias descobertas. É como se o “faça você mesmo” fosse aplicado à realidade tecnológica atual, em que impressoras 3D estão cada vez mais comuns. Mas nem sempre ter estes equipamentos à disposição é garantia de sucesso. Um bom professor deve coordenar os projetos dos alunos e tornar as criações uma oportunidade de aprendizagem.
Entenda mais sobre o movimento: O movimento maker, versão tecnológica do faça você mesmo, chega à escola
A professora Colleen Graves publicou no site Edutopia um guia com seis passos para tornar o espaço maker uma realidade para sua escola.
Passo 1: Mergulhe na educação maker
Não apenas leia artigos sobre o tema e participe de eventos dessas comunidades, mas faça. Colocar a mão na massa aprendendo sobre programação ou fazendo experimentos que não usem tanta tecnologia farão com que você realmente adentre a cultura maker.
Passo 2: Envolva outras pessoas
Observe quais colegas professores, alunos e até pais seriam bons parceiros para instituir a educação maker na sua escola. Assim, eles darão novas ideias sobre o que ter no espaço e como conseguir que ele fique mais interessante. Nesta etapa, as tecnologias são uma boa ferramenta para entrar em contato com experts de outros países, por exemplo.
Passo 3: Compre recursos para o espaço maker
Decida quais equipamentos são mais importantes e estratégicos para o laboratório. Alguns, como balões, palitos, brinquedos antigos, peças eletrônicas avulsas, fios de telefone ou alicates podem ser arrecadados em uma campanha de doação que envolva toda a escola.
Para coisas mais caras, como impressoras 3D, é importante fazer uma boa cotação de preços e traçar planos para arrecadar este dinheiro, caso a escola não disponha. Muitos espaços maker foram equipados depois de campanhas de financiamento coletivo, por exemplo.
Passo 4: Construa uma comunidade maker
Ter alunos imersos na cultura maker é mais importante do que ter uma sala só para estas ações. Rodeá-los de recursos que incentivem a criação os motivará a inventar objetos e projetos, além de aprender com as invenções.
Passo 5: Promova desafios e workshops
É importante conectar os alunos com outras comunidades makers ao redor do mundo. Com conferências de vídeo, é possível trocar experiências e promover desafios para os estudantes. Estes podem envolver a criação de um mesmo produto de maneiras diferentes ou solucionar problemas comuns, por exemplo.
Passo 6: Agregue a educação maker ao currículo da escola
A educação maker também pode fazer parte da grade horária da escola. Seja como uma disciplina em si ou seja como projetos agregados a ela, é possível inserir o tempo de criação livre no tempo em que os alunos permanecem na escola. No site, Graves elenca algumas ferramentas específicas e sua aplicação a matérias da grade escolar.