Organizações repudiam a supressão do trecho que promove estratégias para igualdade de gênero e combate à discriminação na escola
Até dia 24 de junho, todos os municípios e estados devem sancionar seus planos de educação. Após as etapas de elaboração, discussão e realização de audiências públicas, o documento municipal de São Paulo foi enviado à Câmara dos Vereadores para aprovação. A Comissão de Finanças e Orçamento da casa, porém, aprovou um texto substitutivo que retira do projeto de lei as estratégias para a promoção de igualdade de gênero e combate ao preconceito relativo à orientação sexual nas escolas. Entidades reprovaram a mudança e organizam protesto na próxima votação à lei na Câmara, que acontece amanhã (19).
Acreditando que as escolas devem promover a discussão sobre respeito à diversidade de gênero e às diferentes orientações sexuais, foi criada a campanha Respeito se aprende na Escola. O grupo organiza uma manifestação na Câmara para pressionar o veto ao texto substitutivo da lei, que será votada amanhã. Após aprovado, o documento norteará o ensino público municipal da cidade de São Paulo até 2025.
Além da campanha, outras entidades emitiram nota de repúdio ao plano de educação aprovado pela Comissão de Finanças. Entre elas, estão a Associação Brasileira de Antropologia, a Rede Nossa São Paulo, a Ação Educativa, o Instituto Paulo Freire, a Cidade Escola Aprendiz e o Fórum Municipal de Educação Infantil de São Paulo.