O futuro ministro falou sobre aproximação com a cultura e democracia brasileira em sua primeira entrevista após a nomeação para a pasta da Educação
Foto: Reprodução Youtube
Na noite da última terça-feira (31), o filósofo Renato Janine concedeu a sua primeira entrevista após ser anunciado pela presidente Dilma Rousseff para a pasta da Educação. O professor titular de ética e filosofia política da Universidade de São Paulo (USP) foi entrevistado pelo jornalista Alberto Dines no programa Observatório da Imprensa da TV Brasil.
Durante a entrevista, Janine disse estar empolgado para assumir o cargo e confessou ter recebido a notícia da indicação com “enorme surpresa”. Ao expor a sua visão da educação brasileira, o futuro ministro falou no aprender por obrigação e em conciliar educação e cultura: “Acredito na educação como libertação. Saber não é uma transmissão de conteúdos, não é uma padronização. Penso que um dos pontos importantes é como a gente aproxima isso do mundo da cultura”.
Renato Janine comentou também sobre democracia brasileira e manifestações. Nesse ponto, o filósofo ressaltou a questão da cultura política que, segundo ele, ainda é um problema presente na democracia do país. “Política quer dizer que não existe um lado totalmente certo e outro totalmente errado (…) A tendência para escassez de cultura política é achar que a origem de todos os males está sempre na corrupção. E sempre o corrupto é o partido que nós não gostamos. É o outro. Quando vejo esse tipo de discurso, a recusa de diálogo, me parece coisa infantil”, comentou.