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Redação revista Educação

Publicado em 08/03/2015

Conheça quatro mulheres que lutam pela educação feminina


Foto: Camfed.org
Restringidas à educação voltada aos afazeres domésticos e ao comportamento social, as mulheres conquistaram ao longo dos séculos o direito de frequentar a sala de aula e aprender disciplinas como história, matemática e filosofia. Maioria da população brasileira (51,4%, segundo o IBGE), as mulheres predominam quase todas as etapas da educação no Brasil e, inclusive, apresentam níveis educativos superiores aos dos homens e maior desempenho escolar, segundo indicadores educacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).
Apesar do progresso feminino na educação, ainda há desafios pela frente. O relatório Informe Brasil – Gênero e Educação, elaborado em 2011 pela organização Ação Educativa, chama atenção para a desigualdade no acesso à educação entre as mulheres no Brasil e na América Latina por questões como renda, raça e etnia, e local de moradia (rural e urbano). A conservação de uma educação sexista e a baixa valorização das profissionais da educação básica, que formam quase 90% dos profissionais da área, também estão documentadas no relatório.
A educação ainda é um direito a ser conquistado por meninas de diversos países. Há 65 milhões delas fora da escola, sendo que ao menos 17 milhões nunca mais devem voltar à sala de aula, segundo estimativa da Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura). A situação é mais alarmante em países como Nigéria (5,5 milhões), Paquistão (mais de três milhões) e Etiópia (mais de um milhão). Só no Brasil, mais de 70% das adolescentes entre 10 e 17 anos que se tornaram mães também estão fora da escola, segundo relatório do Fundo da ONU para a Infância (Unicef) e do Instituto de Estatísticas da Unesco.
Neste Dia Internacional da Mulher, reunimos meninas e mulheres que lutam diariamente para romper barreiras culturais, religiosas e estruturais para, assim, transformar as estatísticas de seus países em relação ao direito feminino à educação.
1. Malala Yousafzai

A menina paquistanesa de 17 anos virou referência internacional na luta pela educação feminina após sofrer um atentado. Aos 15 anos, Malala escrevia o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa”, no qual falava sobre sua dedicação aos estudos e expunha as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no Paquistão. Ao sair da escola, a menina foi baleada na cabeça por talibãs, grupo radical contrário à educação das mulheres. No ano passado, a menina foi vencedora do Nobel da Paz. Desde o ataque, Malala estuda em uma escola na cidade de Birmingham, na Inglaterra, e apoia grupos de defesa à educação no Paquistão por meio do Fundo Malala.

2. Ann Cotton

Foto: Camfed.org
A organização internacional Camfed (Campanha para a Educação Feminina), fundada por Ann Cotton em 1993, é voltada à educação de meninas em países africanos. Em conjunto com as comunidades, a britânica busca tirar meninas do ciclo de pobreza por meio da educação. A organização também foca na redução do casamento infantil e no combate às altas taxas de natalidade e de HIV/Aids entre os jovens. A iniciativa já fez com que mais de três milhões de meninas do Zimbábue, Zâmbia, Gana, Tanzânia e Malaui voltassem a estudar. Ann Cotton recebeu o WISE Prize 2014, considerado o Nobel da educação, pelo seu projeto.
3. Safeena Husain

Só na Índia mais de 3,7 milhões de meninas estão fora da escola e mais de 200 milhões são analfabetas. Em seis anos, a fundação Educate Girls, criada por Safeena Husain, já colocou 58 mil garotas entre seis e 14 anos nas salas de aula. Para manter as meninas na escola, a organização investe na capacitação dos professores com métodos de ensino e técnicas criativas que foquem na criança. A fundação já atendeu cinco mil instituições públicas de Pali, Jalore e Sirohi, reestruturando as escolas com os investimentos que o governo destina à educação.
4. Gulalai Ismail

Foto: Aware Girls
Sair da escola para casar é a realidade de grande parte das meninas do Paquistão. Mas uma ONG criada em 2002 tenta inverter essa lógica. Aos 16 anos, Gulalai Ismail, ao lado de sua irmã, fundou a Aware Girls, organização que promove acesso igualitário à educação, ao trabalho, à saúde e a outros serviços públicos no Paquistão. A ONG também atua na prevenção contra o vírus HIV e conta com o envolvimento de toda a comunidade paquistanesa para colocar as garotas na escola.


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