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"Quando penso se é bom se envolver tanto com a turma, lembro de como foi bom ter um vínculo afetivo com a minha professora"

Nesse Dia dos Professores, perguntamos a diferentes pessoas quem foram os educadores que marcaram a vida delas. Veja abaixo o depoimento da professora de ensino fundamental Carina Brandão

Publicado em 15/10/2013

por Redação revista Educação

Eu tive uma professora na 4° série do ensino fundamental que foi muito importante para mim e marcou muito a minha turma. Seu nome era Nilza. Ela ia sair da escola e as crianças sofreram muito com a vinda de outra professora. A professora Nilza conseguia fazer a classe se ver como um grupo e nos envolver afetivamente. O jeito como ela conduzia a aula, como contava suas histórias, de como ela veio do interior para o Guarujá, isso fazia com que nos sentíssemos parte da vida dela e criou um elo que ajudava muito na hora de aprender.

Eu sou professora do 3° ano do ensino fundamental e às vezes fico pensando se é bom se envolver tanto com os alunos, porque o ano acaba e sentimos saudades da turma. Aí eu me lembro de quando eu era criança e como foi bom ter esse vínculo afetivo com a minha professora Nilza.  A gente sempre acaba trazendo para a sala de aula um pouco do que somos como pessoa e das experiências que tivemos na infância com nossos professores.  A professora Nilza tinha um cuidado com as palavras que eu também adotei como professora. Até na hora de dar uma bronca tinha amor ali.

Já quando eu cursei pedagogia quem me marcou muito foi a professora Luisana, responsável pela parte de estágio e práticas de ensino. Muitas vezes nós chegávamos com histórias tristes que tínhamos vivido nas escolas durante o estágio e ela nos fazia olhar para a educação com um olhar de esperança e acreditar que mesmo com todas as dificuldades ia valer a pena; mostrava o lado bonito da educação de uma forma até mesmo romântica. Mas professor é idealista, não é mesmo?

Como professora, tive uma turma que ficou guardada. Era um maternal e foi uma das primeiras salas que eu peguei. Eu era muito nova e conquistar a confiança das mães foi um processo. Quando eles chegaram no 1° ano, que era o momento da alfabetização, eu peguei a turma de novo. Brinco que vi o dente deles nascendo quando eram pequenininhos e depois vi caindo. Vi alguns aprendendo a falar e depois a escrever as primeiras palavras. Eu pude participar da vida dessas crianças. Uma aluna me disse um dia “nossa tia, é a primeira vez que eu li um livro na minha vida”. E é um privilégio participar disso! É emocionante fazer parte desse processo de independência.

A gente escuta tantas pessoas falarem que a educação nunca vai ter jeito, mas eu acho que nenhum esforço é em vão. Acho que a educação só vai mudar quando o professor tiver consciência de que somos nós que vamos fazer a diferença. A mudança vem do professor.

Professora Carina Brandão – ensino fundamental SESI Guarujá

Autor

Redação revista Educação


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