NOTÍCIA
Ousadia nas telas: os protagonistas de Dezesseis luas consideram a literatura uma parte importante de suas vidas A arte no caminho para a liberdadeA franquia Crepúsculo, baseada em série de romances para “jovens adultos” da norte-americana Stephenie Meyer, apontou, no cinema, para o potencial representado […]
Publicado em 07/05/2013
Ousadia nas telas: os protagonistas de Dezesseis luas consideram a literatura uma parte importante de suas vidas |
A arte no caminho para a liberdade
A franquia Crepúsculo, baseada em série de romances para “jovens adultos” da norte-americana Stephenie Meyer, apontou, no cinema, para o potencial representado hoje por histórias que combinam elementos românticos e sobrenaturais – atraentes, em especial, para o público feminino na faixa dos 15 aos 30 anos. Lançados de 2008 a 2012, os cinco longas-metragens sobre a jovem Bella e o vampiro Edward, às voltas com inúmeras dificuldades para ficarem juntos, arrecadaram US$ 3,34 bilhões apenas nos cinemas. Já os produtores de Dezesseis Luas (EUA, 2013, 124 min), que tinham a esperança de atingir o mesmo público-alvo, não foram felizes. Em todo o mundo, o filme não chegou a US$ 60 milhões de bilheteria.
É possível que, entre os diversos fatores para o relativo fracasso, esteja uma pequena dose de ousadia: os personagens adolescentes são tratados com respeito e os dois protagonistas da história consideram a literatura uma parte importante das suas vidas – há vários diálogos, por exemplo, sobre os escritores Kurt Vonnegut Jr. (Matadouro 5) e Charles Bukowski (O amor é um cão dos diabos).
#R#
Como ocorre também em Crespúsculo, os personagens de Dezesseis luas se conhecem no ensino médio, fornecendo divertidas (e ácidas) representações da escola pela visão de adolescentes. Ethan (Alden Ehrenreich) vive desde que nasceu em uma pequena cidade ultraconservadora dos EUA. Lena (Alice Englert) é uma forasteira que pertence a uma família temida pelos moradores. Os dois encarnam o espírito de rebeldia jovem que é sufocado em ambientes repressores, assim mantidos por pais e… professores. Para o casal, a saída está na arte, simbolizada pela literatura, que abre portas para a liberdade – ainda que esse talvez não seja um discurso muito popular entre
adolescentes conformistas.
Memórias da repressão |
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Em Hoje, a diretora Tata Amaral (Um céu de estrelas, Através da janela) examina, de uma perspectiva original, o drama dos desaparecidos políticos no Brasil. Baseado no romance Prova contrária, de Fernando Bonassi, o filme é todo ambientado em um apartamento de São Paulo, em 1998. A nova moradora (Denise Fraga) recebe uma visita inesperada (o uruguaio César Troncoso, de O banheiro do Papa e Infância clandestina). Os dois revivem um passado que insiste em se fazer presente. Entre o filme ficar pronto e chegar aos cinemas, o governo federal instituiu a Comissão Nacional da Verdade. O filme ganhou com o atraso? A presença de César Troncoso foi planejada para ampliar o significado político do filme? Você tem predileção por situações-limite entre quatro paredes? Três de seus quatro longas são assim. |
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