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Ensino Superior

Sistema de comunicação converte o Código Morse em vibração

Objetivo do dispositivo é auxiliar os surdos-cegos

Publicado em 08/05/2017

por Ensino Superior

No mundo da engenharia mecatrônica, a plataforma de prototipagem eletrônica Arduino é bem conhecida. Usada por profissionais e amadores, ela permite a criação de sistemas interativos a baixo custo. Por reunir essas características, o professor Anderson Vieira, do curso de Mecatrônica da Universidade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG), criou um desafio para estimular os alunos a desenvolver, com a ajuda da placa, soluções de uso prático.
Animados em criar projetos com impacto social, os estudantes procuraram profissionais da área da saúde e, após um período de imersão na área, identificaram a demanda por um dispositivo para auxiliar os surdo-cegos. “Durante pesquisa em um hospital para pessoas com deficiência, descobrimos que não existia uma tecnologia para facilitar a comunicação das pessoas surdas-cegas”, relata o professor.
Foi a partir daí que os alunos desenvolveram um sistema de mensagens que converte o Código Morse – formado por traços e pontos – em vibração. Este recurso foi desenvolvido com o emprego de motores de celular (usados para acionar a função vibra call) garimpados em descarte de lixo eletrônico. A equipe se debruça agora no desenvolvimento de um aplicativo que converta a voz para a linguagem do Código Morse.
Depois de finalizar a fase de testes, que se desenrola neste momento, o protótipo ficará à disposição para uso da instituição, que analisará a viabilidade comercial do aparelho, fruto de um projeto de iniciação científica. Até o momento, contudo,controle nenhuma empresa se interessou, apesar de a ideia ter surgido há mais de um ano. “Nosso objetivo era incentivar a pesquisa e a inovação dentro da universidade e ainda atender a uma demanda social. Queríamos humanizar a aplicação da automação”, lembra Vieira, que ressalta que há uma relutância dos órgãos de fomento em direcionar recursos para universidades particulares. O professor e a equipe de alunos estão pesquisando o caminho para patentear o projeto, que, de acordo com pesquisas iniciais feitas pelo grupo, não tem similares.
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