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João Jonas Veiga Sobral

É professor de Língua Portuguesa e orientador educacional

Publicado em 13/07/2019

Na orientação educacional

Na orientação educacional aborda diálogo de aluno que ficou em recuperação em sete disciplinas

— Bom dia, Gustavo. Tudo bem? Você ficou para recuperação em sete disciplinas. O que houve?

— As provas estavam muito difíceis neste trimestre.

— Mas estavam difíceis para todos, não? E não há muitos em sete disciplinas, concorda?

— Sim, é que, em algumas provas, fico muito nervoso e acabo errando algumas coisas por bobagem.

— Por exemplo?

— Em física, em matemática e em geografia principalmente.

— Entendo. Vi que não ficou em química e em história. Você não fica nervoso nessas disciplinas?

— Não muito. Eu entendo bem química e gosto de história e do professor.


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— Nesse caso, você não fica nervoso nas outras disciplinas porque não as sabe bem? Outra pergunta, você não gosta dos professores desses cursos em que ficou em recuperação?

— Gosto, sim. Eu fico nervoso porque não entendo bem as explicações do professor de física, ele é muito confuso. E em matemática houve muitas coisas para estudar. Já geografia eu estudei, mas havia muitos textos para relacionar. Se a professora perguntasse mais as coisas que eu estudei, teria ido bem.

— Entendi, a causa do seu nervosismo são as más explicações do professor de física, a quantidade de conteúdo dado em matemática e as questões surpreen­dentes da professora de geografia, certo? Interessante, isso. Os professores de história e de química não apresentaram nenhum desses problemas, né?

— É quase isso, mas eu tenho também de estudar mais essas matérias.

— Em língua portuguesa, em língua inglesa, em biologia e em produção de textos, há alguma condução inadequada dos professores ou conteúdo excessivo? Há alguma culpa deles no seu insucesso neste trimestre?

— Não, para essas matérias, estudei muito. Fiz resumos, mas fui mal. Eram provas difíceis demais.

— Entendo, se fossem fáceis demais ou se pedissem para resumir o que foi trabalhado em classe, talvez as coisas estivessem melhores para você, conforme seu raciocínio. Veja, vou oferecer-lhe algumas estratégias de estudos mais eficazes e vou pedir para que os professores falem com você e esclareçam suas dúvidas com relação ao estudo e às avaliações. Amanhã, traga as provas dessas disciplinas e os cadernos, tudo bem?

— Trago sim. Desculpe-me, é que eu não anoto muito, sabe? E os professores falam muito rápido, eu não gosto de interromper as aulas para perguntar. Meus cadernos são meio incompletos.

— Entendi, os cadernos são meio incompletos. Vamos dar um jeito nisso também com algumas estratégias para que os seus cadernos não o atrapalhem mais. Com isso, eliminamos os culpados todos, certo?

*João Jonas Veiga Sobral é professor de Língua Portuguesa e orientador educacional

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