ARTIGO

Olhar pedagógico

Ensino de inglês em sua escola: modismos, sofismos ou tendências

Publicado em 01/10/2018

por Redação revista Educação

ensino de inglês

Foto: Shutterstock

Por: Eduardo Murin*
Como em diversas outras áreas do conhecimento em que se parte de um conceito amplo para se criarem oportunidades mercadológicas específicas, e disto deriva a perigosa ou danosa simplificação para que se tente encaixar em um concorrido espaço na gôndola de uma seção um produto que, em verdade, trata-se sozinho de um supermercado inteiro, o ensino da língua inglesa em instituições educacionais vem sendo um fértil campo de discussões, já há décadas.
Sem se questionar a importância do assunto – absolutamente válido e relevante – , talvez devam-se questionar as embalagens coloridas, vistosas, dentro das quais há soluções milagrosas e rótulos prontos, com baixo teor calórico, pouco sódio, sem gordura trans, zero açúcar e muita proteína, em suas informações nutricionais (para se utilizar uma linguagem figurada de alimento ideal no atual – e modista – mundo narcísico).
Em verdade, não existe um único formato, sequer uma única ou melhor solução, já que a diversidade humana e de estilos de aprendizagem é tão vasta, complexa e, ao mesmo tempo, exclusiva, quanto uma impressão digital.
Assim sendo, pensar em um pacote pronto para abrir e cujo conteúdo milagrosamente usar como o método de ensino engenhoso é o mesmo que crer na possibilidade de que as barras nutricionais de proteína de soro do leite farão de você uma pessoa musculada e em forma pelo simples fato de ingeri-las e exercitar-se regularmente.
Há muito a se considerar, caso se queira realizar um trabalho sério no âmbito do ensino e da aprendizagem da língua estrangeira.
Justamente por tal relevância e seriedade é que se deve, em vez de métodos, buscar parceiros que entendam a necessidade de compreender propósitos, construir soluções e compartilhar princípios em vez de vender métodos, impor regras e pasteurizar respostas.
Sua instituição educacional deve, sem dúvida, buscar ser competitiva, porém deve – idealmente – objetivar ser longeva e genuinamente educadora por excelência.
*Eduardo Murin é administrador de empresas, educador e diretor comercial da Rede CNA de ensino de idiomas. Seu e-mail é eduardo@cna.com.br.
Leia também:
http://www.revistaeducacao.com.br/informacao-e-conhecimento/
 

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Redação revista Educação


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