Primeira sul-americana finalista do Global Teacher Prize, prêmio que a colocou entre os 10 melhores professores do mundo
Publicado em 07/07/2023
A educação maker tem um grande potencial de ressignificar a aprendizagem, já que a abordagem incentiva os estudantes a resolverem problemas
Foto: ShutterstockA cultura maker tem um grande potencial de ressignificar o ensino, mas desde que utilizada com intencionalidade pedagógica, já que a abordagem incentiva os estudantes a resolverem problemas, criando artefatos usando as mãos.
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Permite ainda que os estudantes consigam modificar, consertar, construir objetos e artefatos por meio da criatividade, com apoio de ambientes colaborativos e que sejam personalizados pelo professor, ofertando o mão na massa ao trazer o estudante como protagonista do seu aprendizado.
Essa filosofia possibilita novas e significativas experiências ao professor por meio de estímulos aos estudantes, como no desenvolvimento de projetos de maneira prática, usando o potencial das metodologias ativas. Com isso, há a oportunidade de vivenciar habilidades e competências relacionadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), BNCC da Computação, habilidades socioemocionais e colaborativas.
Um dos principais objetivos dessa filosofia é oportunizar que os estudantes consigam colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, para isso, devem ser expostos a variadas possibilidades e soluções dos problemas propostos.
A abordagem maker representa uma estratégia para modificar o processo de ensino e aprendizagem, já que promove interdisciplinaridade de maneira prática e ainda oferece a oportunidade de realizar avaliações diagnósticas do processo de aprendizagem com uma maior precisão, já que envolve os estudantes em ações pertencentes e vivências de aprendizagem.
Engana-se quem acredita que para colocar a mão na massa é necessário ter um ambiente com equipamentos high tech (alta tecnologia). É possível fazer muita coisa com a sala de aula convencional, criando cantos mão na massa, juntando mobiliário para um ambiente colaborativo e proporcionando o trabalho a partir de atividades desplugadas, aquelas que não dependem de aparatos tecnológicos, como marcenaria, bordado e projetos usando low tech (baixa tecnologia).
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A educação maker tem, por objetivo, a transmissão do conhecimento criativo, com formulação, investigação de hipóteses e resolução colaborativa de problemas. Ao vivenciar um ambiente maker, os estudantes colocam a mão na massa e usam a criatividade, passando a ter motivação para criar e aprender, possibilitando os benefícios abaixo e saindo de uma aprendizagem passiva para uma aprendizagem ativa. Confira:
A adoção da educação maker deve ser feita de maneira estratégica, com olhar para o ambiente de aprendizagem e daquilo que é possível adaptar, flexibilizando o currículo e permitindo que ele seja vivenciado. Por exemplo, o professor(a) pode trabalhar com sólidos geométricos e estimular os estudantes a construírem um carrinho movido a elástico, exercitando esses sólidos na prática e por meio de objetos. Ao trabalhar questões interdisciplinares de ciência e física, o currículo não é abandonado, mas ressignificado por meio de uma apresentação diferenciada.
São diversas possibilidades que a educação maker oferta para contribuir no processo de ensino e aprendizagem, a começar tornando o modelo educacional menos teórico e mais participativo. O professor(a) pode escolher os recursos mais adequados para a formação dos estudantes, envolvendo comunicação, pensamento ágil, reflexão e a oportunidade de desafiar os estudantes a imaginar, criar, testar, errar e aprimorar criações com autonomia, criatividade e protagonismo.