NOTÍCIA
Escolas privadas se veem obrigadas a profissionalizar a gestão para sobreviver e entram na mira dos grandes investidores
No dia 31 de agosto de 2016, o site da International School of Europe (ISE), tradicional rede italiana de escolas de alto padrão, com 1.800 alunos dos três aos 18 anos e unidades em Milão, Modena, Monza e Siena, anunciava que, a partir de então, passaria a fazer parte da Inspired, grupo internacional de escolas premium. Financiada pelo fundo de investimentos Educas, controlado pelo britanolibanês Nadim Nsouli, a Inspired tem escolas premium – ou de elite – na Europa (Reino Unido, Suíça, Bélgica e Itália), Austrália, África (Quênia e África do Sul) e América do Sul (Colômbia). No total, são 23 unidades e mais de 15 mil estudantes. Seguem padrão similar ao das escolas de negócios da educação superior, buscando reunir estudantes e docentes de diversos países e proporcionar uma formação que permita aos alunos cursar universidades de ponta em qualquer país do mundo, normalmente bilíngues.
Nascido em 1969, Nadim Nsouli fundou a Educas em 2013, depois de ter sido um dos sócios da Providence Equity Partners, fundo de private equity com capital superior a US$ 23 bilhões. Também trabalhou em outra empresa de investimentos e em grandes bancos. É um perfil que cada vez mais se aproxima do universo da educação: o de profissionais de sucesso no mercado financeiro que passaram a colocar em seu radar o mundo da educação privada.
Assim como outras áreas, o setor educacional tem sido cada vez mais alvo de grandes investidores e de um modelo que busca maior competitividade por meio de ganhos de escala, profissionais receptivos a novas linguagens e ao mundo on-line, oferta de recursos tecnológicos de ponta e possibilidade de intercâmbio constante com instituições similares de outros países. Tudo isso já vem se materializando há tempos na educação superior. Agora, começa a intensificar-se também na educação básica.
De 2007 para cá, os grandes negócios em escala mundial saíram da casa dos 25 ao ano e atingiram o pico de 51 em 2013. Em 2016, foram 31 até outubro, segundo levantamento da consultoria de negócios Condere.
No caso do Brasil, os grandes grupos nacionais bancados pelo capital de investidores ainda não apostam num processo imediato de internacionalização, ainda que o tenham no radar, mas baseiam-se cada vez mais na crença de que profissionalização da gestão, crescimento, sinergias, ganhos de escala e uma nova visão educacional serão necessários para quem quiser prosperar na educação básica privada. Seria um processo similar ao de outros segmentos produtivos, como os bancos, ou mesmo os meios de comunicação que, com novas tecnologias e atuação global, viveram grande concentração acionária como forma de tornarem-se mais competitivos. Nesse momento, cinco grandes grupos se destacam entre aqueles que estão formando as maiores redes de escolas: SEB, Positivo, Somos Educação, Eleva Educação e Eduinvest.
Em certa medida, este momento se compara àquele ocorrido nas duas décadas passadas no ensino superior, quando algumas instituições foram ao mercado de forma voraz. Mas, como alertam várias pessoas do meio educacional, as etapas mantêm diferenças entre si. “No ensino superior, o valor de uma instituição não se calcula pelo lucro, mas pelo número de alunos matriculados. Na educação básica, é um múltiplo do Ebitda”, explica Eugenio Cordaro, da Corus Consultores. O Ebitda é o lucro obtido antes de se descontar juros, impostos, depreciação e amortizações, ou seja, o resultado obtido após descontar os custos operacionais.
Segundo Cordaro, cuja consultoria atende mais de 100 escolas, já há alguns anos o mercado de fusões e incorporações está se movimentando na educação privada, mas o volume de negócios é bem inferior ao visto nos momentos mais agitados do ensino superior. Num estado como São Paulo, por exemplo, há pouca oferta de escolas como as preferidas pelos fundos, com mais de mil alunos e que não tenham como mantenedores instituições com tentáculos maiores, como as confessionais. “Aqui, 50% das escolas têm menos de 150 alunos, 80% estão abaixo dos 500”. As maiores oportunidades estariam no Nordeste, onde há escolas com mais alunos.
Outro problema é que essas escolas, muitas delas com gestão familiar de seus fundadores, com formação na área pedagógica, têm dívidas e nunca pararam para pensar o quanto valem, nem como calcular esse valor. Ou seja, muitas vezes pedem mais do que o seu valor de mercado.
Para Mônica Molina, da Condere, consultoria de mercado que atua com planejamento estratégico, finanças corporativas, fusões e aquisições, realmente há dificuldade de replicar o que houve no ensino superior. “Nesse segmento, houve um pouco de pressa, foi tudo muito rápido. Mas isso gerou aprendizado para a consolidação num ritmo mais próprio à criação de valor. Creio que, na educação básica, os investidores estão olhando mais para a excelência, num processo mais criterioso”, avalia.
A própria presença da Condere na educação básica é um indício de que há uma crença de que ela será a próxima “bola da vez”. A empresa fez seu primeiro negócio em educação em 2013, atuando como conselheira para a então Abril Educação, hoje Somos Educação. Antes disso, tinha forte atuação nas áreas de óleo e gás, tecnologia, saúde e infraestrutura.
A aposta da consultoria parece ser de médio e longo prazos, voltada ao mercado das escolas premium, que segundo dados levantados pela empresa cresceu cerca de 10% entre 2013 e 2014, quando totalizaria 4.778 escolas no país. O critério para assim batizá-las era o valor da mensalidade, na época acima de R$ 2 mil. O número havia diminuído em São Paulo, mercado mais competitivo, e aumentado no Sudeste e no Brasil.
A tese e a estratégia que sustentam o negócio é que escolas que estejam com boa gestão e tenham projetos educacionais bem definidos podem liderar seu próprio processo de expansão, seja por meio de capital próprio, de terceiros, ou numa combinação de ambos.
“Achamos que as escolas têm de liderar esse movimento de consolidação, montar um plano de expansão. O segmento é rentável, crescente e de baixo risco. Onde há boa gestão, o risco diminui e isso facilita a expansão”, defende Mônica.
Essa opção, ao que parece, é restrita a poucos. Como lembra Cordaro, da Corus, o mercado de educação básica privada passa por uma nova crise, em muito devida ao perfil da maioria das escolas, de poucos alunos. Uma crise diferente da vivida nos anos 90, quando houve excesso de oferta e redução da demanda. Naquela época, escolas especializadas em ciclos específicos abriram classes que ainda não ofertavam. Ou seja, quem só tinha o ensino médio, foi para o fundamental, quem só trabalhava com o fundamental, abriu classes de educação infantil. Uns se equilibraram, outros quebraram.
Agora, o fantasma bate à porta novamente. “Quem não está em boa situação financeira vai acabar fechando. A esperança é que vem aí uma nova geração de gestores que saberá o valor da escola, que vai trabalhar com metas. Hoje, é raro você ir a uma reunião em que o dono te pergunte qual o valor da escola dele”, resume Eugenio.
Para o pesquisador Romualdo Portela, professor do departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da Feusp, o movimento ocorrido no ensino superior é mais difícil de ocorrer na educação básica. “Não há falta de vagas, o que não tem é aluno. Se olhar o que aconteceu em outros lugares, pode haver uma proposta de baixo custo e baixa qualidade, algo na linha que [o professor inglês de políticas públicas] James Tooley propôs na África. Aí, olhariam para o setor público, propondo redução de custos com um discurso de qualidade”, avalia.
Os grandes grupos contatados pela reportagem não descartam a atuação em setores de menor renda. Alguns, como o Eleva, já têm presença com marcas de custo menor. Mas ninguém, ao menos no discurso, cruza a fronteira do ensino público, hipótese defendida, no plano da gestão, por economistas que têm se dedicado à educação, como Ricardo Paes de Barros.
No segmento de alto padrão, no entanto, as novidades são muitas. E para já. Em 2017, o grupo SEB lança suas duas primeiras escolas Concept, em Ribeirão Preto, sede da instituição, e em Salvador. Em 2018, a marca chegará a Rio de Janeiro e São Paulo. São escolas bilíngues com modelo desenhado, segundo Thamila Zaher, diretora executiva do grupo, a partir de visitas a várias escolas do mundo feitas ao longo de três anos.
Com mensalidades a partir de R$ 3,8 mil, a Concept busca “uma mudança de paradigma, do ensino para a aprendizagem”. “A proposta é ter alunos com atitude transformadora, que trabalhem a partir da ideia de trilhas de conhecimento, mais engajados, com quatro grandes eixos: empreendedorismo, sustentabilidade, linguagem de programação e colaboração entre os alunos”, resume Thamila.
A ideia é que a nova marca gere inovação e sirva de inspiração para as outras bandeiras do grupo. O SEB, inclusive, planeja para breve sua presença fora do Brasil: o projeto é lançar uma escola no Vale do Silício em 2018.
Para Thamila, no entanto, os mercados da educação básica e superior privada são muito diferentes. “A educação básica é bem mais pulverizada e com complexidade operacional diversificada. Os cinco maiores players não somam 5% do market share do Brasil”, diz. Por isso, há espaço para pequenas e médias independentes que tenham projetos pedagógicos consistentes.
O projeto aposta em formação e avaliação constante do trabalho docente. Há previsão de que os professores tenham 10 horas semanais de planejamento conjunto. “Formação de professores é uma linha mestra, vimos isso em todos os lugares”, diz Thamila.
Se o momento é do alto padrão, o SEB tem em vista também a oferta de escolas de baixo custo. Pretende investir nesse segmento daqui a dois anos. No caso de um de seus maiores concorrentes, o grupo Eleva Educação, lastreado pelo Gera Venture Capital, fundo de investimento liderado pelo milionário Jorge Paulo Lemann, a bandeira de custo mais baixo, a Elite, será a eleita para adquirir escala nacional. Mas não de imediato, como explica Bruno Elias, CEO do Eleva.
“Num primeiro momento, é mais fácil expandir com a marca que está no meio do caminho em termos de preço.” Ou seja, a expansão se dará primeiro com as marcas Pensi e Alfa, cujas mensalidades variam de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil, deixando o Elite (até R$ 700 mensais) para o longo prazo.
Em 2017, o portfólio ganha mais uma nova bandeira, voltada ao alto padrão, com a inauguração da Escola Eleva, em Botafogo, no Rio de Janeiro, com mensalidades em torno de R$ 4,5 mil. Neste início de ano são, no total, 63 escolas próprias de cinco bandeiras, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná e cerca de 30 mil alunos, além de outros 65 mil utilizando a plataforma de ensino Eleva. O objetivo é chegar ao final de 2018, com 50 mil e 100 mil, respectivamente.
Segundo Elias, engenheiro com mestrado em economia e licenciado em física cuja história está ligada ao Pensi, o grupo busca retorno sobre os investimentos, “mas quer levar educação de qualidade ao Brasil como um todo”. “Queremos influenciar a educação pública, apresentando um modelo”, diz.
Para isso, tem como estratégia a compra de marcas fortes em determinadas regiões para, a partir delas, abrir novas unidades em círculos concêntricos, aumentando o raio. “Nas aquisições, o principal ponto que olhamos é a cultura da escola, as pessoas, e não o balanço”, diz, referindo-se a instituições que carreguem em seu histórico a busca por resultados pedagógicos, materializados principalmente na aprovação em vestibulares.
O grupo avalia que seu portfólio terá entre nove e dez marcas, no total. A expansão deve se dar em cidades do Centro-Oeste, como Campo Grande, Cuiabá e Goiânia, de Santa Catarina, e em “alguns alvos” no Norte/Nordeste.
“Internacionalizar é um caminho natural, mas estamos longe de ter como pensar nisso. Agora, queremos mostrar que conseguimos fazer educação de qualidade com escala”, conclui.
Autobatizado de “o maior grupo de educação básica do Brasil”, o projeto de expansão da concorrente Somos Educação, controlada pelo fundo de investimentos internacional Tarpon, tem pontos de contato com o do Eleva Educação. Nos últimos 18 meses, a Somos abriu 14 novas unidades, entre escolas compradas e novas. No total, são 28 escolas próprias e 4 unidades de pré-vestibular, totalizando 20 mil e 8,7 mil alunos, respectivamente. As bandeiras regionais também aqui servem como cabeças de rede. “Nos apoiamos onde temos uma marca regional de referência, como nos estados de Pernambuco, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e no Distrito Federal. Mas a grande pretensão da Somos é ser o grande parceiro das escolas”, diz o CEO Edu Mofarrej, em referência ao conjunto de soluções oferecidas pelo grupo às escolas parceiras.
Segundo Mofarrej, a Somos não pensa em internacionalização, pois considera que, passada a crise, haverá muitas oportunidades de crescimento no Brasil e que, enquanto negócio, escolas têm um perfil muito regional.
No meio do caminho entre os grandes grupos com capital de investidores e as escolas pequenas e médias, há também aqueles que estão querendo crescer com as próprias pernas, seja acumulando capital próprio, seja recorrendo a empréstimos. É o caso de dois grupos bastante sintonizados com a demanda de escolas que apresentam eficiência nos exames vestibulares. Não por acaso, ambos nasceram como cursinhos prévestibulares: os grupos Bernoulli, originário de Belo Horizonte, e o Poliedro, de São José dos Campos.
O Bernoulli nasceu em 1999, fundado por três engenheiros, todos egressos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o ITA. Rommel Domingos, um dos fundadores, conta que, como o irmão, dava aulas particulares de matemática desde os 14 anos. Ao terminar a faculdade, montaram o pré-vestibular Athenas e, em 2002, o colégio foi inaugurado apenas com o 3o ano do ensino médio. Nos anos seguintes, foram ofertando os outros anos do médio e, a seguir, o fundamental 2.
“No início, foi planejamento zero. Tudo que fizemos foi juntar R$ 70 mil na época. Era tudo muito apertado. Depois, conseguimos alguns empréstimos de pessoas de nossa relação”, relembra Rommel. Em 2003, o trio inaugurou o prédio da escola. No final daquele ano, passaram a ter clareza do negócio que tinham em mãos.
A partir daí, estruturaram o grupo enquanto empresa. Fizeram empréstimos de monta, junto ao BNDES e a bancos privados, construíram um prédio, concluído em 2010, onde hoje funciona o prévestibular e o ensino médio, totalizando 1.800 alunos. Outro prédio abriga 800 alunos de fundamental 2 e das duas primeiras séries do médio. No ano passado, abriram uma unidade em Salvador. Há, ainda, o sistema de ensino, hoje presente em 230 escolas de 22 estados.
“A ideia é expandir as duas coisas ao mesmo tempo, mas não agora. Somos muito mineiros, um degrau de cada vez”, diz Rommel. Sistema de ensino e colégios respondem cada um por metade do faturamento.
Em sua avaliação, os diferenciais do Bernoulli são a linha pedagógica “pragmática”, pautada pelo conteúdo, ponto em que se vê como tradicional, mas com linguagem jovem, com materiais motivadores e professores que se comunicam bem com os alunos.
Também o Poliedro tem preferido caminhar pelas próprias pernas. Outro “filhote do ITA”, o grupo tem sistema de ensino que atende 200 escolas parceiras e está preparando a expansão de sua rede de escolas, hoje existentes em São José dos Campos e São Paulo, para Campinas e Rio de Janeiro. A estratégia é levar a marca a essas cidades primeiro com o cursinho (no Rio, já em funcionamento), para depois instalar colégios próprios.
O cronograma prevê inaugurar o ensino médio em Campinas, em 2017; o fundamental 2 em Campinas e fundamental 1 e a educação infantil em São José dos Campos, em 2018; o ensino médio no Rio de Janeiro, em 2019; e uma nova escola de ensino médio em São Paulo, em 2020.
Segundo o diretor de ensino, Alex Sander Barros, o Poliedro tem acompanhado as aquisições de escolas feitas por outros grupos. Como o perfil de sua instituição está mais voltado para formar alunos para as estaduais paulistas e para o ITA, ele não vê muita compatibilidade com escolas do Norte e Nordeste, onde todos estão mais voltados ao acesso a universidades federais e privadas via Enem.
“Vimos cidades que julgamos estratégicas para ter unidades-sede, e estamos investindo nelas. Não temos investidores e não há previsão de mudar isso no curto e no médio prazos. Fazemos nosso trabalho enquanto empresa, mas gostamos desse lado escola, não queremos perdê-lo. Manter esse vínculo faz com que os professores se sintam mais confortáveis”, avalia Sander Barros. Engenheiro de formação, ele próprio ainda atua como professor de física no cursinho.
Ao analisar os movimentos de mercado na educação privada, o diretor do Poliedro também vê o crescimento como inevitável, mas acha que a educação básica é bem mais pulverizada que o ensino superior. E não deixa de apontar uma contradição na qual o próprio Poliedro é agente ativo: a de que a formação de grandes grupos de ensino leva a uma padronização dos métodos e despersonaliza as escolas. Cita, inclusive, investidores que compraram vários sistemas de ensino, mas usam todos da mesma forma.
“Fica tudo muito igual, sem opções. Perdem-se as características particulares das escolas. De certa maneira, participamos desse processo. Mas, em cidades pequenas, por exemplo, tentamos evitar que haja mais de um colégio usando nosso sistema”, revela, fazendo um mea-culpa.
Com sua importância realçada no discurso de praticamente todos os entrevistados, desde a menor instituição ao maior grupo educacional sustentado por fundos de investimento, a visão do trabalho docente, nesse novo cenário, pode ser peça-chave tanto para o bem como para o mal.
Isso porque parece evidente, em especial nos projetos destinados às elites, que os professores terão papel central em escolas que estão buscando redesenhar o formato da educação. Formato este que ainda é uma incógnita, pois as mudanças têm se processado em velocidade mais rápida do que o tempo de apurar efetivamente se as experiências estão caminhando no sentido certo.
Mas, ao ressaltar essa importância, muitos dos gestores observaram que há escassez de mão de obra e que, portanto, ela precisa ser objeto de formação permanente ou de “treinamento”. É justamente no uso já bastante disseminado dessa ideia de treinamento docente que pode residir a mais temerária mudança de todo esse processo de incorporação de conceitos de gestão empresarial para escolas, indo além de sua saúde financeira para chegar à sala de aula.
Ao contrário de formar, que embute um princípio de que os conhecimentos e experiências têm ação transformadora sobre os sujeitos, na medida em que os modificam como tal, o ato de treinar está mais ligado à ideia de habituar-se a fazer algo por meio da repetição, muitas vezes prescindindo da reflexão. Em muitas circunstâncias, pode ser oportuno no âmbito da educação. Mas relegar o professor à dimensão de mero repetidor sobre algo já dado terá, sem dúvida, reflexos sobre a formação do próprio aluno. Nas altas esferas, tendo passado por filtros seletivos os mais rigorosos, seguramente não se padecerá desse problema. Mas das camadas médias para baixo, com a dificuldade de contratar mão de obra qualificada, como apontado unanimemente, “treinar” professores não será uma decisão sem consequências.
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