NOTÍCIA
Exposição no MAM, em São Paulo, reúne sete artistas nacionais e internacionais que utilizam processos educativos em suas produções
Instalação 3 Planets – Panoptic Wave, de Stephan Doitschinoff: jogo de videogame em que não há ganhadores, apenas perdedores. Uma reflexão sobre a finitude dos recursos naturais do planeta |
A exígua carga horária de quatro horas por dia e a cobrança pelo ensino dos conteúdos curriculares deixam pouco tempo livre para os professores debaterem assuntos importantes para o processo formativo dos estudantes, como a questão da identidade. Mas se essas discussões não têm espaço na agenda escolar, elas podem ser tratadas em espaços formativos alternativos, como os museus. É o que acreditam Felipe Chaimovich e Daina Leyton, curadores da mostra Educação como matéria-prima.
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A exposição está em cartaz no MAM e reúne trabalhos de Paulo Bruscky, Jorge Menna Barreto, Graziela Kunssch, Luis Camnitzer, Amilcar Packer, Evgen Bavcar e Stephan Doitschinoff, que em comum utilizam processos educativos em suas produções. As obras, quase todas interativas, exploram temas como o ritmo atual da sociedade de consumo, as restrições à liberdade de escolha e a necessidade de reinvenção da escola. “Nos espaços educacionais prevalece a noção de que educar é transmitir conteúdos, o que faz com que alunos se ocupem com informações distantes da realidade, deixando reflexões essenciais para a vida em segundo plano”, diz Daina. “Precisamos passar a formar pessoas que sejam, cada vez mais, protagonistas da própria história e que percebam que podem atuar para a transformação da realidade”, completa a curadora. A exposição marca os 20 anos do setor educativo do MAM.